De olho na demanda maior, fabricantes de panetone turbinam a produção deste ano e reajustam preços.
Os grupos Pandurata, dono das marcas Bauducco, Visconti e Tommy, e Arcor, que responde por outras quatro marcas, projetam expansão de 20% nas vendas de panetone em 2009.
Ofner e Kopenhagen têm expectativa de crescimento de 8% e 5% nas vendas, respectivamente. A Cacau Show quer vender 1,5 milhão de unidades neste ano, o dobro de 2008.
A Nestlé entrou no segmento de panetones no ano passado, com a oferta de três linhas, apenas em São Paulo. Neste ano, a empresa fornecerá oito linhas em todo o país.
Com exceção da Kopenhagen, que manterá os preços, e da Cacau Show, que fará um reajuste médio de 8%, os panetones sairão das fábricas cerca de 5% mais caros.
Os produtos começaram a chegar às prateleiras dos supermercados no último dia 10, uma quinzena antes do que em 2008, segundo o vice-presidente da Apas (associação do setor), Martinho Paiva Moreira. A Apas projeta uma venda 10% maior que a de 2008, quando o resultado manteve-se estável em relação ao ano anterior.
"Os consumidores estão encontrando maior variedade de panetones, mais produtos à base de chocolate e preços cerca de 5% maiores", diz.
Apenas as panificadoras esperam resultado igual a 2008. "Antigamente, se vendia mais panetone em padarias. Hoje, mais de 70% das vendas são nos supermercados", diz Antero Pereira, presidente do Sindipan-SP (sindicato do setor).
Veículo: Folha de S.Paulo