Sem fazer alarde, a rede baiana Insinuante, líder varejista no Nordeste, faz juz ao próprio nome e vai conquistando espaço entre os consumidores brasileiros de móveis e eletrodomésticos.
Depois de fracassar na tentativa de aquisição do Ponto Frio, comprado em junho pelo Pão de Açúcar, a Insinuante, conhecida como a "Casas Bahia nordestina", prossegue em seu plano de expansão.
A rede vai inaugurar mais 50 unidades até o final de 2010, de acordo com Luiz Carlos Batista, 45, presidente do Grupo Insinuante.
Com 250 lojas -a maioria no Norte e no Nordeste, além de algumas no Rio de Janeiro- a Insinuante se beneficiou nos últimos anos de sua atuação em regiões onde os programas sociais do governo ampliaram a renda do consumidor.
A expansão agora será concentrada no Rio, onde Batista pretende reforçar a presença do grupo. São Paulo e o Sul do país estão fora do foco por enquanto, segundo o empresário.
"Se o negócio com o Ponto Frio tivesse acontecido, teríamos ido para São Paulo, mas agora vamos pensar nos pontos onde já atuamos", diz Batista. O empresário não divulga o investimento no projeto, mas estima que será todo realizado com recursos próprios e espera alta de 25% no faturamento.
Com R$ 2 bilhões de receita no ano passado, o Grupo Insinuante chegou a formar consórcio com o Banking & Trade [Trading] Group (BTG), do empresário André Esteves, no início do ano, para fazer oferta pelo Ponto Frio.
Com a abertura dos novos pontos de venda, as fachadas das lojas e os caminhões passam por uma renovação. O pálido marfim original será substituído pela cor laranja, condizente com o nome da rede.
A empresa, que foi fundada há 50 anos pelo pai de Batista, já experimentou outras mudanças. Começou como loja de calçados femininos -daí seu nome- e entrou para o ramo de eletrodomésticos cerca de 15 anos depois.
Veículo: Folha de S.Paulo