Pague Menos investe para ir à Bolsa em 2012

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Para se manter na liderança do varejo de produtos farmacêuticos e consolidar seus planos de abrir capital na Bolsa até 2012, a rede de farmácias Pague Menos promete investir R$ 40 milhões ao ano. Em entrevista ao DCI, o presidente da empresa, Deusmar Queiróz, afirmou que este ano a rede pretende faturar R$ 2 bilhões - 25% mais do que em 2008 -, além de iniciar 2010 com inaugurações e aplicação de tendências internacionais para se distanciar das principais concorrentes: Droga Raia, Onofre, Drograria São Paulo e Drograsil. "Vamos investir aproximadamente R$ 1 milhão para reforma, instalação e capital de giro de cada um dos 40 novos pontos-de-venda" afirmou Deusmar, atento às modificações em infraestrutura que as unidades demandam.

 

Entre os planos da empresa para os próximos dois anos, a prioridade é abrir capital na Bolsa de Valores até 2012. Para isso, a Pague Menos já contratou a consultoria KPMG que tem auditado os balanços da empresa desde 2008. "Ela [KPMG] vai continuar a fazer em 2009 e 2010. Daí, entre 2011 e 2012 nós já teremos 3 anos de balanço auditado e estaremos prontos para entrar na Bolsa."

 

Shoppings

 

Sobre a intenção de abrir lojas em centros de compras ou até mesmo entrar no setor de franquias, o empresário afirmou acreditar que não é este o foco dos negócios da rede, que procura "praticar uma política de preços muito agressiva, com lojas próprias, em ruas movimentadas". Esta semana, o presidente da Pague Menos visitará os Estados Unidos da América, acompanhado de dezoito representantes das principais farmácias do País (Droga Raia, Onofre, Drogasil e Drogaria São Paulo, entre outras). Os executivos participarão de uma viagem organizada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma) e coordenada pelos professores Nelson Barriceli, da Universidade de São Paulo (USP), e Eugênio Sangaiolo, do Programa de Administração do Varejo (Provar), em busca de novas tendências para o mercado nacional.

 

"Essa é uma viagem de estudos sobre este momento [restrições à venda de não-medicamentos em farmácias]. Vamos ver o modelo americano e trazer propostas para resolver essa questão, porque lá é permitido vender em farmácia todos os produtos que eles proibiram aqui", disse ele.

 

Portaria

 

Na semana passada, uma decisão em primeira instância do juiz Paulo Ricardo de Souza Cruz, da 5º Vara da Justiça Federal de Brasília, liberou a venda de não-medicamentos nas farmácias e drogarias de todo o País, suspendendo a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada em 17 de agosto, que proibia tal comercialização a partir de janeiro do próximo ano. "Em farmácias que diversificam, como a Pague Menos, a medida traria um baque muito grande, visto que deixaríamos de comercializar mercadorias como balas, sorvetes e refrigerantes, porque a Vigilância Sanitária acha que ao comprar um desses itens na farmácia a pessoa estará se automedicando", analisa Queiróz.

 

Para garantir as vendas, ele diz que a rede entrou com ações judiciais junto com a Abrafarma e conseguiu liminares para garantir a comercialização. Tais produtos representam 4% da receita rede, que mantém as vendas nesta categoria em 11 estados. "Para uma rede que fatura R$ 2 bilhões isso representa no mínimo 80 milhões, é muito dinheiro."

 

Veículo: DCI


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