Os importadores de alimentos que participaram dos encontros com fabricantes brasileiros, em São Paulo, elogiaram os produtos nacionais e acreditam que vão fechar negócios no futuro próximo.
Os compradores internacionais que participaram dos encontros de negócios da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em São Paulo, deixaram o país com boas perspectivas de negócios. “Achei os encontros muito positivos. A qualidade dos produtos é muito boa e as embalagens são ótimas”, afirmou o trader egípcio Marwan El Fouly, do grupo Egyptian Traders Co.
No total, participaram dos encontros 25 compradores de 17 países. Foram realizadas cerca de 750 reuniões entre fornecedores e importadores. “Os compradores gostaram muito dos produtos ofertados e os fornecedores disseram que os importadores que vieram eram bem qualificados”, disse o gerente internacional da Abras, Cláudio Macedo. Segundo ele, as rodadas tiveram aceitação positiva e há grandes expectativas de negócios.
De acordo com Fouly, os hábitos alimentares no Egito estão mudando, o que abre oportunidades para começar a importar novos produtos, principalmente temperos e molhos. As pimentas da empresa brasileira Aref Company, por exemplo, chamaram a atenção do egípcio, que gostou da diversidade dos itens e das embalagens.
O CEO da empresa Bom Dia Café, Sydney Marques de Paiva, por exemplo, que já exporta para 22 países, saiu satisfeito com os contatos realizados. “Gosto muito desse tipo de rodada”, disse ele, que conversou com todos os compradores. No caso do egípcio, ele deixou diversas amostras de cafés, desde o tradicional até o gourmet. A empresa, com sede em Minas Gerais, exporta 35% de sua produção e tem como meta destinar 50% ao mercado externo.
O mercado árabe é um dos focos da empresa, que nos países do Oriente Médio exporta apenas aos Emirados Árabes. Segundo Paiva, para se aproximar mais do mercado, a Bom Dia Café vai participar do estande brasileiro na Saudi Agro-Food, feira de alimentos que vai ser realizada de 01 a 04 de novembro na Arábia Saudita.
Representantes da empresa Cory, de balas, também acham que as rodadas de negócios são a melhor forma de fazer contato e abrir mercado. A companhia já exporta para América do Sul e Central, África e Oriente Médio e está buscando ampliar os negócios no mercado externo.
Outra compradora que elogiou as rodadas de negócios foi Maria Mercedes, da distribuidora argentina Yaguar. “Fiz cerca de 40 contatos e foi um melhor do que o outro”, disse a representante da empresa, que já importa alimentos de quatro empresas brasileiras. Segundo ela, o maior problema é o preço, que por causa da valorização do real frente ao dólar encareceu demais os produtos.
O importador da rede varejista australiana Woolworths, Craig Taylor, mostrou interesse em biscoitos, enlatados, macarrão e doces. “Achei os produtos brasileiros fantásticos. O desafio é conseguir que as empresas atendam as exigências do mercado australiano com os certificados necessários”, afirmou Taylor. Segundo ele, a rede é formada por 900 supermercados e hipermercados e movimenta US$ 45 bilhões por ano.
Veículo: Net Marinha