O índice de médio de perdas dos supermercados foi de 2,36% no ano passado, segundo a 9ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro Supermercadista 2009, realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em conjunto com a Nielsen e a GGP/Provar-FIA junto a 40 empresas, ante 2,15% em 2007. O indicador superou a margem líquida obtida no ano passado, de 2,12%.
Segundo disse hoje o presidente da Abras, Sussumu Honda, desde 2005 o índice de perdas está acima da margem líquida do setor.
Em números absolutos, as perdas chegaram a R$ 3,74 bilhões no ano passado. Conforme a sondagem da Abras, as perdas de 58,8% das empresas aumentaram, de 35,3%, diminuíram e de 5,9% ficaram estáveis. Para 68,8% das empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, as perdas cresceram em 2008.
A Abras informou que a quebra operacional - perdas em produtos que estão nos supermercados - respondeu por 46,4% do total, ante 43,2% no ano anterior. Em seguida, estão furto externo (por parte dos clientes), com 18%, furto interno (dentro da operação), com 17,5%, erros administrativos, com 11,3%, fornecedores, com 5,8% e outros ajustes, com 1,1%.
A média de perdas no segmento de perecíveis foi de 4,44% em 2008, ante 4,48% em 2007, tomando como base 25 empresas. O segmento foi responsável por 54,4% das perdas totais. As perdas financeiras corresponderam a 0,083% do faturamento do setor, com destaque para as fraudes com cheque (0,042%).
De acordo com a Abras, 80,4% das empresas consultadas elevaram os investimentos para prevenção de perdas no ano passado. Do orçamento para essa finalidade, 79% foi destinado a salários e 7%, a equipamentos. Conforme o levantamento, 74,5% dos supermercados têm área de prevenção de perdas e 25,% não possuem.
veículo: Portal IG