Alta ocorreu em julho, em comparação ao mesmo período do ano anterior; acumulado nos primeiros sete meses do ano alcança 5,47%
Quinta-feira, 27 de agosto - As vendas do setor supermercadista em julho de 2009 cresceram 6,66%, em relação ao mesmo mês de 2008, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação a junho de 2009, houve alta de 5,66%. No acumulado dos primeiros sete meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado chega a 5,47%. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.
Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 11,46%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 5,92% sobre o mês anterior. No acumulado dos sete primeiros meses, a alta é de 11,10%.
"O primeiro mês após a revisão da previsão de crescimento para 2009 confirma a tendência de bom desempenho do setor supermercadista. A alta real de 6,66% é um bom número e reflete que o brasileiro manteve a prioridade na compra de alimentos", avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda.
AbrasMercado
Em julho, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou alta de 0,93%, em relação ao mês anterior. Já na comparação com julho de 2008, o AbrasMercado apresentou alta de 4,44%, passando de R$ 256,62 para R$ 268,02.
Os produtos com as maiores altas foram: carne dianteiro, com 8,02%; queijo mussarela, com 5,68%; e feijão, com 4,75%. Já os produtos com as maiores quedas foram: batata, com -12,85%; tomate, com -8,99%; e arroz, com -4,53%.
"Nesse mês, o AbrasMercado apontou uma leve alta nos preço, acima do IPCA. Com isso, o acumulado do ano já alcança o do IPCA", afirma Sussumu Honda.
Perdas nos supermercados
A 9ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro Supermercadista 2009, elaborada pela Abras em conjunto com a Nielsen e GPP/Provar-FIA, mostra que as perdas nos supermercados brasileiros alcançaram 2,36% do faturamento em 2008 (que foi de R$ 158,5 bilhões). O resultado mostra um pequeno aumento, de 0,21 pontos percentuais, em relação ao índice apurado em 2007, que foi de 2,15%. Em 2006, o índice médio de perdas foi de 1,97%; em 2005, de 2,05%; e em 2004, de 1,78%.
A principal causa de perdas para os supermercados continuam sendo as quebras operacionais. De acordo com a pesquisa da Abras, esse fator foi responsável por 46,4% das perdas nos supermercados - um aumento em relação a 2007, quando esse índice foi de 43,2%. Já os furtos (tanto externos quanto internos) apresentaram um pequeno recuo em relação ao ano anterior. Em 2008, representaram 35,5% das perdas, em comparação ao índice de 37,3% no ano anterior. Separadamente, do total de perdas em 2008, os furtos internos representaram 17,5% e os externos, 18%.
A cesta de perecíveis representou 54,4% das perdas totais. De acordo com os números da Abras, o índice de perdas em perecíveis alcançou, em 2008, 4,44% do total de vendas da cesta. Em 2007, esse número foi ligeiramente maior: 4,48%. A pesquisa também mostra que 74,5% das empresas possuem área de prevenção de perdas. A pesquisa também indica que os supermercadistas estão investindo para reduzir as perdas. De com os dados da Abras, houve aumento do investimento em prevenção em 80,4% das empresas supermercadistas.