Grupo americano descarta possibilidade de deixar o estado, mas abre lojas em outras regiões; concorrentes estão expandindo para fora do Sudeste
Com o anúncio do fechamento de 12 lojas da rede TodoDia em São Paulo em 2011, questiona se o Walmart, gigante americana do varejo, estaria enfraquecendo sua atuação no estado para focar em novas regiões. Logo no início de 2012, quatro novas lojas TodoDia foram abertas em Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, ação que demandou investimentos de R$ 20 milhões.
Contudo, a companhia afirma que apenas avaliou que o retorno das unidades encerradas estava aquém do esperado e reiterou, emcomunicado, que investiu cerca de R$ 130 milhões na construção de seis novas lojas no estado de São Paulo no ano passsado, gerando 900 empregos diretos.
Outras filiais também devem ser inauguradas este ano no estado. Nos últimos 12 meses, o Walmart investiu R$ 1,2 bilhão em 70 novas lojas no país, sendo 40 apenas da bandeira TodoDia, voltada para classe média emergente.
Hoje, o grupo possui 500 lojas de nove bandeiras.
O movimento foi observado também em outra grande rede de supermercados, o Carrefour. Em 2011 foram anunciados fechamentos de diversas lojas na capital paulista e no interior. Apenas no final de setembro, oito lojas fecharam suas portas nas cidades de Ribeirão Preto, Jaboticabal, Monte Alto e Matão (SP). A justificativa da rede é a reestruturação de suas operações no país, iniciadas em 2010.
Para Cláudio Felizoni, coordenador geral do Programa de Administração de Varejo (Provar) , a procura de varejistas por outras regiões do país, como Nordeste, Norte e Centro-Oeste é uma tendência para esse ano e está ligada à ascensão da classe C e ao desempenho econômico.
“O ano de 2012 não deve ser de vacas gordas e, por isso, as varejistas vão examinar com mais cautela as sobreposições de lojas por conta de custos e devem investir em áreas que sua presença seja ainda fraca ou inexistente e que tenha um mercado de consumo potencial”, acredita o professor.
O Pão de Açúcar, por exemplo,vai inaugurar de 12 e 15 lojas de sua bandeira Assaí, voltada para o atacado, em cidades do Nordeste e Centro-Oeste por serem as regiões que mais crescem, segundo o vicepresidente do grupo, Hugo Bethlem.
Veículo: Brasil Econômico