Terceira maior rede de varejo do país, o Magazine Luiza registrou lucro líquido de R$ 2,4 milhões no terceiro trimestre, queda de 80% em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 15%, ao atingir R$ 1,84 bilhão.
Nos últimos dois trimestres, as vendas registravam alta superior a 20%. "Apesar do crescimento, as vendas ficaram levemente abaixo das expectativas, e, em conjunto com os esforços na integração das lojas do Nordeste, impediram neste trimestre uma maior diluição das despesas operacionais", observa a varejista no relatório de resultados, referindo-se às unidades adquiridas na compra da rede paraibana Lojas Maia, em 2010. E conclui: "As despesas extraordinárias de integração somaram R$ 6,3 milhões, concentradas no treinamento de mais de quatro mil funcionários e na virada de quase todas as lojas do Nordeste".
O valor do Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) caiu 25,4% de julho a setembro em relação a mesmo período de 2011, ao atingir R$ 68,8 milhões e a margem Ebitda caiu de 5,8% para 3,7% no mesmo período.
A receita bruta no terceiro trimestre foi de R$ 2,2 bilhões, expansão de 15,2%. "O crescimento no conceito "mesmas lojas" [abertas há mais de 12 meses] foi de 9,6%, acima da média de mercado, o que representou ganhos de market-share [participação de mercado]. Vale lembrar que este crescimento foi obtido sobre uma base de comparação elevada e durante a integração de sistemas das lojas do Nordeste", informa a rede.
A carteira total em atraso da rede diminuiu 3,3 pontos percentuais entre setembro de 2011 e setembro de 2012. Porém, apesar da queda - tendência que já havia sido identificada no segundo trimestre do ano - a rede informa que manteve o conservadorismo, "com robustas provisões para perdas em créditos de liquidação duvidosa e taxas de aprovação de crédito menores quando comparadas ao terceiro trimestre de 2011".
As provisões para devedores duvidosos passaram de R$ 68,1 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 84,1 milhões este ano - de 4,2% para 4,6% da receita. A política conservadora da empresa já foi foco de questionamentos de analistas na teleconferência dos resultados do segundo trimestre. (AM)
Veículo: Valor Econômico