Francês Casino vai intermediar crise na Viavarejo

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Grupo tem reunião hoje com Michael Klein para tentar pôr um fim à briga societária



Não é segredo que o relacionamento entre os sócios da Viavarejo (Grupo Pão de Açúcar e Família Klein) não é dos melhores, especialmente às vésperas do fim do contrato de Raphael Klein, que deixa a presidência do braço de eletroeletrônicos da rede de varejo no dia 22. Porém, Jean Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino terá hoje a chance de tentar mitigar o conflito. Michael Klein, presidente do conselho de administração da Viavarejo, vai se encontrar com Naouri para discutir a situação no Brasil.

As informações acerca da reunião são desencontradas. A assessoria de comunicação do Casino sequer confirma o encontro, apesar da assessoria da família Klein garantir de que ele ocorrerá. Na prática, espera- se que Michael Klein vá, de fato, apresentar uma proposta para resolver a questão. “Ninguém sabe o que ele quer realmente, uma hora diz que quer recomprar a empresa, em outra afirma que o contrato foi bom para a sua família”, diz um executivo que atua juntamente ao Grupo Pão de Açúcar.

De fato, várias especulações sobre a intenção da família Klein vem sendo divulgadas na mídia desde que o contrato foi assinado em 2009. Inicialmente, a insatisfação da família fundadora da Casas Bahia com o contrato quase impediu a fusão com o Ponto Frio.

Recentemente, Klein afirmou ao Brasil Econômico que o contrato foi bom para sua família. Paralelamente, porém, ameaça entrar com um processo em câmara de arbitragem pedindo revisão da participação da Casas Bahia na Viavarejo. Segundo Klein, inconsistências nos balanços do Ponto Frio fizeram com que o Grupo Pão de Açúcar tivesse o controle da empresa— o grupo tem 51% do negócio e a família Klein, 47%. A análise, que está sendo feita pela KPMG, deve terminar em dezembro.

Uma opção de Klein seria a recompra da empresa, o que vem se mostrando inviável por questões de financiamento. Outra opção seria Klein adquirir 4% restantes das ações e assumir o controle, mas de qualquer forma, a chance de o Casino aceitar uma oferta de compra é pequena, afirmaumexecutivo que atua na empresa. “Este não é o modelo de trabalho da rede francesa no mundo”, explica. Tradicionalmente, o Casino opta por adquirir o controle de empresas fortes em seus mercados de atuação, mantendo parceiros regionais como sócio no negócio.


Veículo: Brasil Econômico


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