Nordeste detém 70% da expansão da Casas Bahia

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Nos próximos três anos, a projeção da ViaVarejo - holding que abriga as marcas Casas Bahia e Ponto Frio - é inaugurar até 50 lojas por ano, com cerca de R$ 100 milhões, sendo que o nordeste vai concentrar 70% dos investimentos da Casas Bahia em expansão.

A empresa está atenta ao crescimento do varejo na região, cuja expansão está acima da média nacional. A aposta é chegar primeiro aos municípios nordestinos com mais de 100 mil habitantes para depois avançar em direção a cidades menores.

"Hoje o nordeste representa 2% do total de lojas da holding, mas queremos elevar essa participação para 10% num curto intervalo de três anos", adianta o presidente do Conselho de Administração da ViaVarejo, Michael Klein, que acaba de inaugurar a primeira unidade da Casas Bahia em Pernambuco, no RioMar Shopping, no Recife.

"O comércio nordestino cresce a taxas chinesas. Entre janeiro e agosto, sete dos nove estados da região tiveram expansão acima da média brasileira de 8,6%. Os melhores desempenhos foram de Alagoas (12,6%), Bahia (10,5%), Maranhão (10,5%) e Pernambuco (9,8%)", destaca o economista Valdeci Monteiro, da consultoria pernambucana Ceplan.

O plano para os próximos anos vai acelerar a participação na região, para a Casas Bahia ganhar musculatura no nordeste e enfrentar o arquirrival Magazine Luiza, a Máquina de Vendas (fusão entre a baiana Insinuante e a mineira Ricardo Eletro) além de players regionais como a pernambucana Eletro Shopping.

Com o crescimento do consumo no nordeste, a grife de vestuário italiana Diesel também aposta na região. A empresa chega a Recife com uma loja no Shopping RioMar e terá vestidos, saias, camisas, óculos, relógios, perfumes, calçados, bolsas e cintos.


Nordeste vai concentrar 70% da expansão da Casas Bahia


O nordeste vai concentrar 70% dos investimentos em expansão da rede Casas Bahia, nos próximos três anos. A projeção da ViaVarejo - holding que abriga as marcas Casas Bahia e Ponto Frio - é inaugurar até 50 lojas por ano, com cerca de R$ 100 milhões. A empresa está atenta ao crescimento do varejo na região, pela expansão acima da média nacional. A aposta é chegar primeiro aos municípios nordestinos com mais de 100 mil habitantes para depois avançar em direção a cidades menores.

"Hoje o Nordeste representa apenas 2% do total de lojas da holding, mas queremos subir essa participação para 10% num curto intervalo de três anos", adianta o presidente do Conselho de Administração da ViaVarejo, Michael Klein. O executivo esteve recentemente no Recife para inaugurar a primeira unidade da Casas Bahia em Pernambuco, no RioMar Shopping, no bairro recifense do Pina. A chegada ao mercado pernambucano foi uma demonstração da eficiência do plano nacional de marketing da rede, que tornou a Casas Bahia conhecida em todo o Brasil antes mesmo de inaugurar lojas nas praças. No dia 30 de outubro, desde as 5h, uma multidão aguardava a abertura do shopping às 9h para aproveitar as promoções da varejista. O movimento de clientes que se acotovelavam foi tanto que a porta principal da loja quebrou e foi preciso improvisar uma entrada lateral e limitar o acesso de clientes.

Acostumado ao burburinho das inaugurações, Klein minimiza a confusão no Recife. "Em Fortaleza foram necessários três dias para abrir a loja sem controlar a entrada de clientes", conta, com um sorriso que não disfarça o interesse no potencial de consumo da Região Nordeste.

Ao longo deste ano, a Casas Bahia inaugurou 22 lojas no nordeste e seu cronograma tem abertura de outras 12 até o fim de dezembro. "O comércio nordestino cresce a taxas chinesas. Entre janeiro e agosto, sete dos nove estados da região tiveram expansão acima da média brasileira de 8,6%. Os melhores desempenhos foram de Alagoas (12,6%), Bahia (10,5%), Maranhão (10,5%) e Pernambuco (9,8%)", destaca o economista Valdeci Monteiro, representante da consultoria pernambucana Ceplan.

Apesar do nome em homenagem aos imigrantes nordestinos, a rede paulista Casas Bahia só estreou na região em 2009 (52 anos depois de sua criação), com uma loja em Salvador. Do total de 559 unidades em 15 estados brasileiros apenas 44 estão no nordeste, distribuídas em cinco estados (Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte).

O plano para os próximos anos vai acelerar a participação na região, com a inauguração de 40 a 50 lojas por exercício. O investimento médio por unidade é de R$ 2 milhões e gera a abertura de 50 postos de trabalho.

A Casas Bahia quer ganhar musculatura no nordeste, mas sabe que vai enfrentar forte concorrência da arquirrival Magazine Luiza, da Máquina de Vendas (fusão entre a baiana Insinuante e a mineira Ricardo Eletro) e de players regionais, como a pernambucana Eletro Shopping.

O Magazine Luiza fez sua entrada no nordeste brasileiro por meio da aquisição da rede paraibana Lojas Maia, com atuação nos nove estados da região. A Eletro Shopping tem expertise no mercado nordestino: 130 unidades em cinco estados.

A estratégia da Casas Bahia para crescer no nordeste também inclui um plano de distribuição. A rede é abastecida por 22 centros de distribuição (CDs) próprios que, em meses de pico, como dezembro, chegam a fazer 1,3 milhão de entregas. A ideia é ter CDs em pontos estratégicos da região. Com posição geográfica privilegiada, Pernambuco é candidato a abrigar um CD da rede. "Até meados de 2013 vamos definir a localização para construir um CD de até 80 mil m², que demanda investimento de R$ 120 milhões e gera 1.500 empregos", calcula o vice-presidente-administrativo da ViaVarejo, Jorge Herzog.

Em 2012, a ViaVarejo investiu R$ 350 milhões na Casas Bahia, em abertura de unidades, tecnologia e implantação de CDs. A expectativa é que o plano de investimentos no nordeste não seja atrapalhado pela disputa pela ViaVarejo entre os sócios Pão de Açúcar e Família Klein. Os fundadores da Casas Bahia oferecem R$ 3 bilhões para desfazer o negócio fechado em 2010 e reaver o controle da rede.

História

A Casas Bahia foi fundada pelo patriarca Samuel Klein, que neste mês completa 89 anos. Polonês naturalizado brasileiro, chegou ao Brasil em 1952, com esposa e filho. Com US$ 6 mil comprou uma casa e uma charrete e começou a vida como uma espécie de caixeiro-viajante, vendendo roupa de cama, mesa e banho de porta em porta. Iniciou a vida de mascate em São Caetano do Sul, região do Grande ABC. O comerciante inaugurou a prestação porta a porta, oferecendo crediário a clientes sem condições de pagar à vista. Em 1957 comprou sua primeira loja, no centro de São Caetano, e a chamou de Casas Bahia, em homenagem aos imigrantes nordestinos que desembarcavam no sudeste.


Veículo: DCI


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