Para alcançar a meta, empresa vai investir R$ 9 milhões na abertura da 13ª loja em Belo Horizonte.
A rede de supermercados Super Nosso, com 12 lojas na Capital e outras duas em Lagoa Santa e Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem boas perspectivas para 2013. A previsão é de que neste ano seja alcançado faturamento de R$ 560 milhões, aumento de 23% em relação à receita de R$ 455 milhões acumulada em 2012. Para alcançar a projeção, a empresa aposta na abertura de uma loja na região Centro-Sul, que deve consumir investimento de R$ 9 milhões.
Segundo o diretor de Operações e Logística do Super Nosso, Edmilson Pereira, a nova operação deve ser inaugurada no início do último trimestre, visando atender o aumento da demanda do Natal. Embora alguns bairros da Capital já estejam cotados para receber o supermercado, ele prefere, por questões estratégicas, não revelar a localização.
Também a fim de sustentar o crescimento de 23% previsto para este exercício, o Super Nosso vai diversificar o mix oferecido ao seu público formado, sobretudo, por consumidores das classes A e B.
Entre os diferenciais da rede, Pereira destaca a adega de vinhos, composta por mais de 700 rótulos, e a comida japonesa, considerada referência. "O Super Nosso começou a apostar em um mix diferenciado em 2005, quando as lojas convencionais se transformaram em espaços gourmet. Agora, além dos itens essenciais, oferecemos uma série de produtos importados", analisa.
E-commerce - Outra novidade que promete aquecer ainda mais os negócios da rede neste ano é o serviço de vendas virtual, que deve entrar no ar ainda neste primeiro semestre. "O projeto é pioneiro em nosso segmento", comemora o diretor. A ideia abrange os Supermercados Super Nosso e o Apoio Mineiro, pertencentes ao mesmo grupo, e deve demandar a contratação de mil profissionais, para diferentes cargos como garçom, pizzaiolo, sushiman, atendente de caixa, repositor de mercadorias e outros.
Pereira garante que, no curto prazo, a empresa não planeja levar a rede para o interior de Minas Gerais ou para outros estados. Na visão dele, ainda há um leque de oportunidades a ser explorado na Capital e demais cidades do entorno. Atualmente, além das lojas em Belo Horizonte, a rede está presente também em Lagoa Santa e Nova Lima, na região metropolitana.
Ele ainda frisa que não apenas o Super Nosso, mas todo o setor supermercadista, conta com alguns aliados para registrar percentuais substanciais de crescimento a cada ano. Entre eles está a ascensão da classe média e a recente desoneração dos produtos da cesta básica, que deve motivar os brasileiros a preencheram cada vez mais os carrinhos de compras.
Minas - O setor supermercadista fechou o primeiro bimestre de 2013 com crescimento de 0,90% no faturamento real. o que aponta a pesquisa mensal "Termômetro de Vendas" da Associação Mineira de Supermercados (Amis).
Na comparação de fevereiro de 2013, mês de referência da pesquisa, sobre igual período de 2012, o desempenho ficou praticamente estável e fechou em 0,36% negativo. O que foi considerado como um "bom resultado" pelo setor já que havia uma expectativa de queda devido à base alta de fevereiro de 2012, quando o crescimento foi de 11,32% positivo sobre igual período de 2011.
Em fevereiro de 2013, o faturamento do setor ficou 1,33% menor quando comparado ao mês de janeiro. Essa retração já era esperada pelos empresários, pois fevereiro tem menor número de dias. Além disso, houveá o feriado de Carnaval, quando o setor ficou fechado em muitas cidades por um ou dois dias. Os números da pesquisa já estão deflacionados pelo IPCA/IBGE que em fevereiro ficou em 0,60%.
Brasil - Os supermercados brasileiros devem manter a trajetória de crescimento de vendas nos próximos meses, o que pode levar a um aumento da estimativa anual.
As vendas reais dos supermercadistas caíram 1,33 % em fevereiro na comparação com o mesmo mês em 2012, quando houve um "desempenho excepcional, em função do reajuste do salário mínimo... tradicionalmente, as vendas em fevereiro são menores", afirmou o gerente de economia e pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Flávio Tayra.
Em fevereiro de 2012, as vendas haviam saltado 11,58% ano a ano. Em relação a janeiro, houve queda de 3,26% nas vendas, decorrente do menor número de dias úteis em fevereiro. Ainda assim, nos dois primeiros meses do ano o setor acumulou crescimento de 0,25% sobre o mesmo período de 2012.
"Ainda estamos com resultado positivo para o setor... a economia já mostra sinais de aceleração. A partir de abril, com as festas sazonais, podemos delinear como será o ano", disse Tayra.
A Abras estima aumento de 3,5% nas vendas em 2013, previsão considerada conservadora pela associação, que não descarta a possibilidade de revisá-la para cima.
A entidade apresentou também os dados da cesta AbrasMercado, composta por 35 categorias de produtos e calculada pela GfK, que em fevereiro subiu 2,25% sobre o mês anterior, para R$ 356,75.
A Abras informou ainda que, no ano passado, o faturamento do setor alcançou R$ 250 bilhões, montante cerca de 11 % maior ante 2011.
Se consideradas apenas as 20 maiores redes supermercadistas, o faturamento em 2012 foi de R$ 155,7 bilhões, expansão anual de 11,3%.
As três maiores redes do Brasil - Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart - mantiveram suas posições no ranking da Abras com faturamentos de R$ 57,2 bilhões, R$ 31,5 bilhões e R$ 25,9 bilhões, respectivamente.
Dentre os destaques do ranking, a Abras assinalou o incremento registrado pela chilena Cencosud, que incorporou totalmente as operações do Prezunic, adquirido em 2010. O Cencosud manteve a quarta posição no ranking, com faturamento de R$ 9,72 bilhões, seguido pelo Zaffari e Bourbon, com R$ 3,3 bilhões.
Ainda considerando as 20 maiores empresas, o setor encerrou 2012 com 3.283 lojas, sem contabilizar as unidades do Carrefour, que não revelou os dados.
Veículo: Diário do Comércio - MG