O presidente do grupo Carrefour no Brasil, Charles Desmartis, disse ontem que o país deve receber "as maiores somas de investimento da empresa no mundo no futuro", depois dos desembolsos no país-sede, na França. Também ressaltou que a matriz entende que a subsidiária brasileira é uma das operações com maior potencial de expansão entre os mercados de atuação da rede - ao lado da subsidiária na China.
Desmartis esteve ontem na convenção anual de supermercados, em Atibaia (SP), promovida pela Abras. Ele buscou passar exemplos de como o Carrefour tem se comportado, após três anos em reestruturação no país - sem aberturas de lojas nesse período - na tentativa de voltar a se expandir organicamente.
O executivo disse que a empresa está aumentando em 15% o sortimento da área de mercearia das lojas neste ano. E que os pontos de hipermercados estão sendo reformados para um modelo com layout mais atual, com 50 reformas totais previstas até o fim de 2016. A companhia ainda voltou a confirmar, após anuncio em agosto, que deve voltar a operar com seu site no país em 2015, após a interrupção dessas vendas em 2012.
O vice-presidente de infra-estrutura e desenvolvimento estratégico do Grupo Pão de Açúcar, Peter Estermann, disse, no mesmo evento, que a companhia prevê atingir 250 lojas no modelo de supermercado de vizinhança no fim deste ano. Em meados do ano eram cerca de 170 lojas da bandeira "Minimercado Extra" no país. A rede ainda opera o minimercado "Minuto Pao de Açúcar".
Segundo o executivo, a empresa está preparada para estender o programa "retira em loja" para todas as unidades de hipermercado em São Paulo. Ele não falou em prazo para isso. Pelo programa, as pessoas compram no site e retiram os itens em lojas. Estermann disse que a empresa está "otimista com o futuro", apesar do cenário econômico mais desafiado e que o grupo continua com projeto de investimento (de até R$ 2 bilhões neste ano) no país.
Veículo: Valor Econômico