Apesar do resultado negativo do ano passado, com queda real de 4% – descontando a inflação de 10,6% –, a Coop (Cooperativa de Consumo) planeja investir R$ 30 milhões só nas unidades dos bairros Campestre e Centro, em Santo André, com expansões do terreno e reforma do layout.
“Mesmo com a situação desfavorável economicamente, as revitalizações são necessárias. Temos que nos preparar para uma situação de dificuldades e, para isso, é preciso pensar no consumidor e em como atraí-lo”, afirmou o diretor-presidente Marcio Valle, que usa como exemplo o estabelecimento da Rua Joaquim Nabuco, em São Bernardo, que é o mais moderno.
A ideia é expandir e atualizar as duas unidades já existentes. Na loja da Industrial, no Campestre, serão aplicados R$ 17 milhões. “O bairro cresceu muito nos últimos anos e, hoje, até clientes de São Caetano procuram essa unidade, que também é uma das mais antigas.”
Já no estabelecimento da Queirós, localizada na Avenida Queirós dos Santos, a obra custará R$ 13 milhões. Há também previsão de reforma na loja de Ribeirão Pires, cujo valor não foi divulgado.
A queda na receita no ano passado, quando a empresa faturou R$ 1,9 bilhão, resultou também no recuo de duas posições no Ranking Abras (Associação Brasileira de Supermercados) Super/Hiper 2016. Agora, a cooperativa andreense ocupa a 15ª posição.
No total, a Coop irá investir neste ano R$ 121 milhões, o que significa R$ 41 milhões a mais do que em 2015. Hoje, a companhia conta com 29 lojas, todas com drogarias internas, sendo 21 só na região. Ainda existem 12 farmácias externas, nove no Grande ABC.
Interior - Apesar das obras de modernização na região, não está prevista a construção de novas unidades neste ano. “Hoje, os imóveis em cidades como São José dos Campos e Tatuí (no Interior) são mais atrativos por custarem menos”, justifica o presidente, que revela a inauguração de duas novas lojas em Sorocaba.
Atacarejo - Valle também reconhece que segmento que vem crescendo e se destacando, principalmente, com a crise, é o de atacarejo, mistura do atacado com o varejo, cujo foco é o preço baixo.
Entretanto, ele descarta a construção de supermercado nesses moldes, pelo menos em um primeiro momento. “Esse é um modelo que é diferente do que atuamos. O que é uma preocupação, porque não queremos competir com ele e, ao mesmo tempo, pretendemos nos reinventar para voltar a atrair o consumidor”, declara.
Unidade do Capuava espera Prefeitura liberar obra para posto de combustível
Uma das estratégias da Coop, que fazem parte do plano de expansão de 2016, tem sido a construção de postos de combustível nas imediações dos supermercados.
O próximo da região deverá ser o da unidade do bairro Capuava, em Santo André. “O local já está reservado para o posto, entretanto, falta o aval da Prefeitura”, conta o diretor-presidente Marcio Valle. Há um rio que passa por baixo da loja, na Avenida das Nações, o que pode estar atrasando as obras. A rede já conta com três postos, sendo um em São Bernardo, na loja da Rua Joaquim Nabuco. Os outros dois são em São José dos Campos e Tatuí (Interior).
“Tem sido um chamariz que traz o consumidor para dentro do mercado. Esse novo serviço está rendendo novos cooperados e, o mais importante, fazendo com que os antigos clientes voltem à ativa”, afirma o diretor-presidente.
Para os dois novos estabelecimentos em Sorocaba, e os próximos que vierem, já está prevista a construção de postos de combustível.
Veículo: Jornal Diário do Grande ABC