Tetra Pak amplia uso da tampa "verde" no Brasil

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Maior fornecedora mundial de embalagens do tipo longa vida, a Tetra Pak ampliou a oferta de tampas "verdes" e, a partir de agora, todos os itens de rosca fabricados no país utilizarão como matéria-prima o polietileno produzido a partir do etanol. A iniciativa está alinhada à estratégia da companhia de oferecer embalagens 100% renováveis - hoje, esse índice no Brasil supera 80%.

"Estamos assumindo uma responsabilidade que a indústria de embalagens tem de ter e nos antecipando à demanda", afirma o vice-presidente de Estratégia de Negócios da empresa, Eduardo Eisler. Mensalmente, são produzidas até 100 milhões de tampas que equipam embalagens da Tetra Pak vendidas no país ou exportadas para América Latina e outras regiões do globo.

A Tetra Pak firmou uma parceria com a petroquímica Braskem em novembro de 2009, com vistas ao fornecimento de polietileno de alta densidade (PEAD) produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar - o volume acordado para 2011 era de 5 mil toneladas e deve crescer conforme as encomendas por embalagens com tampas de rosca.

No ano passado, a Nestlé passou a usar a tampa verde, que é produzida por um terceiro fabricante, em embalagens para os leites UHT Ninho, Ninho Levinho, Ninho Baixa Lactose e Molico. Agora, a Tetra Pak só trabalhará com a matéria-prima renovável nesse tipo de tecnologia. "Já fizemos as validações necessárias. Essa é uma evolução da parceria com a Nestlé", explica.

De acordo com Eisler, o único investimento da companhia para levar a tampa renovável a seus clientes foi feito em um molde, que traz o símbolo indicativo de que o produto é verde. "O grande investimento foi feito mesmo pela Braskem", comenta. Também os preços das embalagens não foram alterados em razão da nova matéria-prima, garante.

No ano passado, a vendas da Tetra Pak no país - além das fábricas no Paraná e em São Paulo, a companhia tem uma operação na Argentina - alcançaram 12 bilhões de embalagens, um recorde e o equivalente a quase 60 unidades por habitante. Ante 2010, o crescimento ficou em 10%. Para este ano, diz Eisler, a expectativa é a de crescimento razoável, de acordo com o cenário econômico.

Se o ritmo de crescimento se mantiver, a Tetra Pak deverá colocar em prática os já anunciados planos de expansão. A intenção é ampliar a capacidade produtiva em Ponta Grossa (PR), em algumas fases de investimento. Considerando-se também a unidade de Monte Mor (SP), a Tetra Pak, que detém parcela expressiva do mercado brasileiro, pode produzir anualmente no país 13,5 bilhões de embalagens anuais.

O ritmo de expansão da demanda nacional também chamou a atenção da concorrente SIG Combibloc, que antecipou para este ano o projeto de expansão da fábrica de Campo Largo, no Paraná - inicialmente, a proposta era aumentar a capacidade produtiva no início de 2014. Inaugurada em meados de 2010, a unidade recebeu investimentos de R$ 90 milhões e pode produzir 1 bilhão de embalagens cartonadas assépticas por ano. Nessa segunda fase de aportes, receberá R$ 70 milhões.


Veículo: Valor Econômico


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