Rede de supermercados vai reduzir preço de sacolas retornáveis e lançar embalagens 'verdes' de longa duração
Grupo também fará monitoramento de emissões de carbono de suas unidades e da loja virtual
O Grupo Pão de Açúcar inicia neste mês um pacote de ações ambientais para reduzir o impacto de emissões de carbono de lojas, escritórios e operações virtuais e também diminuir o volume de resíduos ambientais.
Segundo Hugo Bethlem, vice-presidente-executivo de relações corporativas, a estratégia começa já na próxima semana, com a eliminação das sacolinhas plásticas em 700 supermercados, hipermercados e drogarias do Estado de São Paulo, em linha com a política que será adotada por outras instituições da Apas (Associação Paulista de Supermercados) -e com a redução dos preços das sacolas retornáveis.
"O preço deve cair de R$ 2,99 para R$ 1,99 para estimular o consumo de sacolas retornáveis", disse à Folha em evento do varejo promovido pela NRF em Nova York.
Em fevereiro, a rede iniciará a venda também no Estado de sacolas "verdes" de longa duração, que devem custar R$ 2,99. "É o conceito de duração para a vida toda, feita com plástico 'verde' e que o consumidor poderá trazer até mesmo desgastada, que faremos a troca."
Outra iniciativa será o monitoramento de emissões de carbono, com sistemas da alemã SAP que rodam na internet, no modelo de computação em nuvem. O software medirá sete categorias de poluentes emitidas por 16 áreas, incluindo escritórios, 1.800 lojas, e na operação virtual.
Até agora 1.300 unidades já foram avaliadas e a expectativa é que até o fim do mês seja feita a fase final de coleta dos dados. Os relatórios serão gerados em fevereiro.
Os resultados das medições das emissões de carbono poderão impactar até na seleção dos produtos vendidos nas lojas do grupo.
"Importar é barato, mas agora não vai ser só o preço absoluto. A emissão de carbono será levada em consideração quando comparo com um produto nacional."
Veículo: Folha de S.Paulo