Sustentabilidade entra em campo

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A aplicação dos conceitos de sustentabilidade (ambiental, social e econômica) é uma constante na construção da Arena Fonte Nova, em Salvador, e não apenas ganho de marketing. Para começar, o material da demolição do antigo estádio, em 2010, foi praticamente aproveitado. Não só: o empreendimento entrou no programa de certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), concebida e concedida para edifícios sustentáveis pela ONG americana U.S. Green Building Council (USGBC), de acordo com os critérios de racionalização de recursos (energia, água etc).

Do ponto de vista social, vários programas estão em andamento, como a incorporação de ex-moradores de rua nas tarefas de construção do estádio. Do econômico, a principal conquista é a valorização em mais de 30% dos imóveis do entorno. "Além de ser uma preocupação forte da Fifa desde a Copa na África do Sul, a questão da sustentabilidade ganhou mais ênfase no Brasil por envolver doze cidades com questões socioambientais que exigem intervenções firmes e contínuas", diz Adriana Diniz, coordenadora de infraestrutura e operações da Secretaria da Copa do Estado da Bahia.

O primeiro passo nesse sentido foi a criação de um modelo de governança para lidar com os temas de sustentabilidade. Nossa intenção é realizar uma Copa do Mundo orgânica e sustentável", afirma Adriana. A reutilização de 100% do material de demolição do antigo estádio gerou 77,5 mil toneladas de materiais. Todo o aço proveniente da estrutura demolida (1.135 toneladas) foi encaminhado a indústrias siderúrgicas para reaproveitamento. Além disso, 90% do material resultante da britagem do concreto foi reaproveitado na própria obra e o restante destinado a outras obras da Região Metropolitana de Salvador.

Outras medidas estão sendo executadas, como a reutilização de corpo de prova de concreto para pavimentação no canteiro da obra; doação dos uniformes descartados pelos colaboradores da produção ao Projeto Axé, que vem reutilizando os fardamentos para a confecção de aventais, bolsas, jogos americanos, ecobags etc; programa de reutilização de papel, com a confecção de blocos de anotações; reutilização de canos de PVC e madeira para confecção de porta-copos; e reciclagem de óleo de cozinha dos refeitórios. O aproveitamento dos resíduos, da água e energia está sendo pontuado por meio de uma consultoria para efeito da certificação Leed. A cobertura do estádio reduz o consumo de aço entre 30% e 40% e aproveita a água das chuvas.



Veículo: Valor Econômico


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