População adere mais à coleta seletiva

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Belo Horizonte produz cerca de 800 toneladas de lixo reciclável por mês. A cidade dispõe também de um serviço de reciclagem de entulho. Em 2011, foram destinadas às estações de Reciclagem de Entulho, aproximadamente, 102 mil toneladas de resíduos da construção civil. A chefe do Departamento de Programas Especiais da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU), Aurora Pederzoli, acredita que a população esteja mais consciente com relação à reciclagem e coleta seletiva nos dias atuais.

"Tanto que o volume de lixo reciclável recolhido pela SLU aumenta e varia a cada mês", justifica. "Além disso, recebemos várias ligações de pessoas interessadas em saber sobre a coleta seletiva porta a porta e sobre os pontos espalhados pela cidade", afirma Aurora Pederzoli. Belo Horizonte possui, hoje, 97 pontos de coleta seletiva - chamados de Local De Entrega Voluntária (LEV) - espalhados nas mais de 30 mil ruas da cidade.

Estes pontos são contêineres onde são depositados diferentes tipos de materiais tais como plástico, metal, papel e vidro. A coleta porta a porta está presente, atualmente, em 30 bairros de Belo Horizonte, o que representa 9% dos bairros. Os materiais recicláveis são separados pelos moradores e recolhidos nos domicílios - ou estabelecimentoS comerciais - por um caminhão baú.

A SLU possui 16 caminhões que fazem esse serviço atualmente. Aurora Pederzoli diz que existe uma grande demanda por mais caminhões e mais bairros para serem atendidos, mas a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) não tem previsão para a ampliação. Hoje, somente 2,65% dos resíduos da cidade são reciclados. O destino desse lixo é sempre o mesmo: um aterro sanitário licenciado de Macaúbas, no município de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)

"Existem ainda as cooperativas que recebem doações de material reciclável", destaca Aurora Pederzoli. Para o lixo orgânico, a PBH tem um projeto que ainda está em fase experimental. A iniciativa tem parceria com diversos restaurantes, incluindo os populares e sacolões da cidade. O objetivo do programa é fazer a compostagem do lixo orgânico recolhido nestes locais.

A compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos com a finalidade de obter adubo através do lixo orgânico. Aurora Pederzoli avalia que, "infelizmente, o projeto é para o lixo orgânico municipal e não existe, ainda, por parte da Prefeitura, uma orientação para o cidadão belo-horizontino fazer a compostagem do seu lixo orgânico doméstico".

Minhocário doméstico - Para solucionar a questão do lixo orgânico em menor escala, o técnico em meio ambiente Thiago Lopes idealizou e criou, junto com outras três pessoas, o Spiralixo, minhocário doméstico que faz a compostagem de lixo orgânico. O minhocário é um sistema modular de caixas com minhocas para contribuir com a destinação do lixo orgânico, que é transformado em adubo pelas minhocas. "O objetivo do minhocário é solucionar o problema do lixo orgânico, tipo de lixo mais poluente que existe", esclarece Lopes. A equipe do Spiralixo produz kits que são vendidos em três tamanhos diferentes (P, M e G), de acordo com o tamanho da família que vai comprar.

Lopes explica que "um kit grande do Spiralixo pode produzir de 8 a 9 quilos de adubo por mês", assegura. O técnico confirma que, mensalmente, são vendidos de 10 a 15 kits do Spiralixo. "Ainda estamos começando e, no geral, os compradores são famílias. Contudo, já temos um restaurante como clientes e alguns escritórios da cidade também já utilizam o Spiralixo para reciclar seu lixo orgânico", garante Lopes.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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