O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, afirmou na última sexta-feira (18) em evento sobre o setor de cartões de crédito que a entidade tem recebido relatos de lojistas sobre a tentativa de fidelização das credenciadoras e avaliou a prática como negativa.
"Você tira do comerciante o poder de barganhar durante um determinado prazo. Em minha opinião, o Estado deve intervir, porque isso lesa, em última instância, o consumidor", afirmou.
Na avaliação de Pellizzaro, a concorrência com a entrada de novos players reduzirá preços. "A notícia que a gente tem é que o Santander já está dando máquinas a custo zero para entrar no mercado. Estamos alertando o lojista para não assinar fidelização, principalmente nesses primeiros 120 dias. É preciso brigar, barganhar, porque o preço vem para baixo", disse.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais do Estado do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, também comentou a tentativa de fidelização por parte de credenciadora e rechaçou a atitude. "No Paraná, houve uma abordagem por parte de um funcionário da Cielo com um contrato de adesão que diz que o revendedor aceita as condições da empresa e inclusive dá exclusividade a ele na captura de todos os cartões." Fregonese afirmou também que a entidade solicitará a Secretaria de Direito Econômico (SDE) a nulidade dos contratos de fidelização assinados. "Vamos pedir à SDE a nulidade de todo o sistema de adesão."
O presidente da entidade afirmou que os bancos Santander e Itaú já estão oferecendo a lojistas condições mais favoráveis de credenciadoras como a Cielo. "O banco Itaú ofereceu zero de aluguel e um ano de carência. O Santander ofereceu aluguel a R$ 25", concluiu Fragonese.
Veículo: DCI