Fabricantes de TVs declaram guerra contra Google e Apple

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Os fabricantes de TVs aproveitarão a realização do Consumer Electronics Show (CES) de Las Vegas para lançar novos serviços de internet e enfrentar os esforços do Googlee Applepara dominar o segmento de lazer doméstico.

 

SamsungElectronics, LGElectronics e CiscoSystems, fabricante de decodificadores de TV, programaram lançamentos de aplicativos, sinalizando que não cederão a liderança para o Google e a Apple ou outros novatos no setor que se esforçam para levar os consumidores a ver programas via internet nos televisores.

 

Mais da metade das TVs vendida em 2014 oferecerão serviços de internet, segundo previsões da DisplaySearch. Os fabricantes de bens eletrônicos consideram os aparelhos de TV, que podem ser vendidos a altos preços e são peça central na sala de estar de muitos consumidores, como chave para ampliar suas margens de lucro e manter os clientes fiéis às suas marcas.

 

A Samsung, de Suwon, Coreia do Sul, começou a cortejar programadores no ano passado para que criem aplicativos a serem vendidos em sua loja virtual, a Samsung Apps, que pode ser acessada a partir de suas TVs, aparelhos de Blu-ray, computadores, tablets e smartphones Galaxy Tab.

 

A LG, de Seul, a Toshiba, de Tóquio, e outros fabricantes deverão seguir o mesmo caminho, com anúncios de lojas similares de aplicativos na feira. A Vizio, fabricante de TVs de Irvine, Califórnia, exibirá um tablet e um smartphone com conexões à sua loja de aplicativos.

 

"Enquanto mais pessoas estão usando TVs com conexão, acreditamos que estão procurando novas funções", diz Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de produto da LG.

 

A Apple, de Cupertino, Califórnia, fabricante do iPhone e iPad, vendeu milhões desses aparelhos ao oferecer centenas de milhares de aplicativos por meio de sua loja on-line, que permite aos consumidores personalizar seus produtos.

 

O Google, de Mountain View, Califórnia, tenta atrair desenvolvedores de produtos para sua plataforma Google TV, com serviços de internet.

 

Em maio, o site lançou um sistema operacional para a Internet TV que funciona com o navegador Google Chrome. A Google TV aprimora a experiência dos espectadores ao integrar serviços de internet como o Netflix, ao facilitar a busca da programação de canais e ao permitir ver a recomendação de outras pessoas.

 

Embora o Google tenha assinado acordo com a Sonye a Logitech International como parceiros iniciais do produto, a empresa foi proibida de oferecer programas disponíveis na TV.com, da CBS ; nos sites das grandes redes de TV; e no Hulu.com, que pertence à NBC, da General Electric, News Corp.e ABC, da Walt Disney.

 

"Há evidências avassaladoras de que os consumidores querem transmissão sob demanda e à la carte", afirma Ryan McIntyre, diretor-gerente do Foundry Group, de Boulder Colorado, e ex-diretor da Sling Media, agora parte da EchoStar Corp. "Mas ainda há um longo caminho pela frente antes de podermos nos sentar em frente à nossa TV ou computador e ter acesso a todo o universo de conteúdo em um só lugar", diz McIntyre.

 

A Cisco, maior fabricante de equipamentos para redes de computador, tenta superar esse obstáculo.

 

Enquanto oXfinity,da Comcast, Hulu e Netflix tornam mais confusos os limites entre televisão paga, programas on-line e conteúdo sob demanda, a Cisco tenta aproveitar-se da situação oferecendo aos provedores de serviço a capacidade para distribuir vídeos em qualquer tipo de aparelho com conexão à internet.

 

A Cisco, empresa de San José, Califórnia, já tem planos para ajudar os provedores de serviço a cumprir essas tarefas.

 

Os fabricantes de TV cogitam ter seus próprios navegadores de internet, embora a maioria dos consumidores provavelmente não os usasse, segundo Alessi, da LG. "Não temos certeza se as pessoas realmente querem transformar suas TVs em computadores completos como a Google TV", afirmou.

 

Nos EUA, 64% de todas as famílias têm serviços de internet de alta velocidade, segundo a Administração Nacional de Telecomunicações e Informações - parte do Departamento de Comércio - divulgou em recente estudo. (Tradução de Sabino Ahumada)

 

Veículo: Valor Econômico


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