O mercado de comércio eletrônico (e-commerce) no Brasil está em ampla expansão, mas a preocupação com a segurança da transmissão de dados se mantém. Em 2010, o faturamento do setor deve chegar a R$ 15 bilhões, sendo que em 2001 foi da ordem de R$ 500 milhões, ou seja, crescimento nominal 40% superior se comparado ao ano passado, quando o canal faturou R$ 10,6 bilhões em vendas de bens de consumo pelas lojas virtuais em todo Brasil, segundo dados levantados pela e-bit.
Em 2001, o número de consumidores chegava a 1 milhão. Hoje, este número pulou para 23 milhões e o Natal deve impulsionar ainda mais as vendas pela internet. Para a e-bit, o tíquete médio do setor deve girar em torno de R$ 370,00, sendo que as categorias mais vendidas deverão ser livros, eletrônicos, informática e eletrodomésticos. Para o público feminino, a e-bit estima que a maior parte das vendas sejam destinadas ao segmento de cosméticos e beleza.
O potencial do setor no mercado brasileiro é tão expressivo que supera o norte-americano, que este ano espera crescer apenas 12,7%, de acordo com dados do eMarketer, empresa norte-americana de inteligência digital.
Segurança
O crescimento da venda eletrônica, segundo especialistas, também se deve ao aumento da sensação de segurança que os internautas têm. "A Web permite que se tenha informações da loja em que se está comprando e o percentual de fraudes é bem menor se comparado ao de lojas físicas", explica Alexandre Umberti, da e-bit.
Bernardo Carneiro, diretor Comercial do Site Blindado, explica que o selo da empresa nos endereços de lojas virtuais traz segurança ao consumidor final. Além disso, o especialista acredita que as empresas ficaram sensíveis a este comportamento. Tanto é que a empresa dobrou u número de clientes entre 2009 e 2010.
Carneiro explica que mais de 80% das empresas que procuram os serviços do Site Blindado apresentam em seu endereço eletrônico falhas de segurança. "O mais comum se refere a scripts maliciosos que geram danos como o desaparecimento de dados", explica. O especialista prevê que "a demanda por segurança deve crescer, pois o aumento das vendas é compatível com o número e com a diversidade de ataques", finaliza.
Veículo: DCI