Fruta Eletrônica avalia danos e impactos após a colheita

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No segundo dia do Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, que começou na segunda-feira, dia 20, e vai até 24 de agosto, na Embrapa Instrumentação em São Carlos, está sendo apresentado um protótipo denominado Fruta Eletrônica, que oferece inúmeras vantagens com destaque, principalmente, para a precisão e a rapidez de obtenção dos resultados.

O protótipo é uma esfera de plástico rígido, que contém um sensor de impacto e um microprocessador, que registra o momento de ocorrência, a intensidade e a duração dos impactos durante todo o percurso na linha de beneficiamento e classificação do produto. Essa esfera é descrita por sua amplitude de uso, ou seja, mensura baixos e altos impactos, de baixo custo e pode ser aplicável tanto na colheita como no transporte, beneficiamento e recebimento pelo consumidor. Será demonstrada também nesta aula prática um módulo pequeno de beneficiamento de laranja.

Para o pesquisador Marcos David Ferreira, organizador do curso, as palestras teóricas e práticas têm como objetivo promover mais integração e dinamismo aos participantes. "A ideia é mostrar como a aplicação de técnicas pode melhorar a conservação pós-colheita do produto e com isso minimizar impactos sofridos pelos frutos", afirma.

Ferreira explica que os danos físicos ocorrem desde a colheita até a chegada ao consumidor. No beneficiamento os pontos críticos dependem da fruta/hortaliça beneficiada, tipo de linha de beneficiamento, mas, em geral, os pontos mais críticos são no recebimento, seleção e embalagem. "As soluções técnicas são inúmeras, em geral de baixo custo, utilizando protetores nos pontos de transferência", afirma o pesquisador, lembrando que várias soluções e alternativas serão apresentadas no curso.

O II Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, promovido pela Embrapa Instrumentação, tem como proposta capacitar produtores, atacadistas, varejistas, técnicos e especialistas na cadeia produtiva para a aplicação de tecnologias que minimizem perdas e ampliem melhorias no setor. Até o final do evento - dia 24 - serão apresentados 23 temas aos participantes, vindos de seis estados brasileiros, em atividades teóricas e práticas, além de excursões técnicas a duas unidades de beneficiamento do estado.

A maioria (52%) dos participantes do curso é do sexo masculino e (42%) do sexo feminino, sendo mais da metade (53%) do estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais (26%), Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Bahia (5% para cada estado).

Organizado pelo pesquisador Marcos David Ferreira, o curso de tecnologia pós-colheita em frutas e hortaliças conta com palestrantes como o chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Celso Luiz Moretti, que abriu o evento com a palestra sobre hortaliças: mercado presente e futuro; o pesquisador Silvio Crestana, que vai abordar o tema dos alimentos no cenário mundial e algumas tendências tecnológicas; a pesquisadora do Instituto Tecnológico de Alimentos (Ital), Elisabete Segantini Saron, que vai falar de legislação de embalagens para contato direto com alimentos.

As perdas pós-colheita no Brasil são de 20% a 30% do total produzido. Por isso, o pesquisador Marcos David Ferreira diz que é extremamente importante implementar ferramentas que possam contribuir para reduzir perdas, frente ao desafio de alimentar uma população mundial cada vez mais crescente.

"O curso é uma dessas ferramentas e um compromisso da Embrapa Instrumentação na busca de soluções viáveis para a redução de perdas no pós-colheita", afirma Ferreira.

 

Veículo: DCI


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