Epson vende cartucho através das máquinas automáticas

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Em busca de estar cada vez mais próxima ao consumidor brasileiro, a Epson - empresa especializada na produção e comercialização de soluções para impressão - aposta na comercialização de seus produtos através das máquinas automáticas de vendas (vending machines). Os equipamentos têm cartuchos de tinta de algumas linhas de suas impressoras, entre outros itens.

Em um primeiro momento, a iniciativa da Epson é disponibilizar os produtos em três máquinas em São Paulo, nas estações de metrô Luz, Faria Lima e República. Segundo Daniela Alonso, especialista em produtos da Epson, o projeto pode ser ampliado. "Estamos com um piloto de três meses com as vending machines. A ideia é que isso se espalhe em outras cidades", disse ela, ao DCI.

A meta da empresa ao inserir esses artigos em pontos populares é criar mais visibilidade da marca e, por consequência, atender de forma eficiente aos novos hábitos de consumo dos brasileiros. "Diariamente no metrô transitam 2,5 milhões de pessoas. Ao colocarmos os produtos à venda nesses locais, deixamos o cartucho mais próximo, facilitando a vida dos consumidores mais afastados dos grandes centros, que podem ter dificuldades para realizar sua compra", aponta.

Nas três máquinas, o consumidor encontrará os cartuchos e garrafas de tinta a preços que variam de R$ 16 a R$ 35, além de papel fotográfico por R$ 16. "Estamos reposicionando a nossa linha de papéis fotográficos, oferecendo maior variedade de produtos a preços acessíveis ao consumidor", enfatizou Daniela.

Outro fato evidenciado pela executiva é que as vending machines têm um mix de produtos que supre 80% das impressoras Epson hoje utilizadas pelo consumidor brasileiro.

À pergunta sobre quanto a iniciativa aumentaria as vendas de cartuchos, Daniela disse que não era possível fazer uma estimativa, uma vez que a ação é algo inédito tanto para empresa quanto para o consumidor. "Não conseguimos definir o quanto isso pode aumentar as vendas de cartuchos, mas acreditamos que pode ajudar a vender impressoras também", declarou.

Ao que tudo indica, além de ampliar sua presença no mercado, a Epson pode de certa forma, estar de olho em um mercado promissor no Brasil. Conforme a Associação Brasileira de Vendas Automáticas (Abva) estima-se que existam 45 mil vending machines no Brasil, gerando um faturamento aproximado de R$ 250 milhões ao ano. A entidade acredita que o setor crescerá em média 10%, todos os anos.

Nos Estados Unidos, o faturamento desse segmento chegou a US$ 36 bilhões em 2011, e as máquinas em operação, lá, vendem de chocolates a equipamentos eletrônicos. No Brasil, ela é comum para a comercialização de refrigerantes, água, livros e salgadinhos em geral.

O segmento tem demonstrado relevância no País, tanto que em setembro - nos dias 10 e 11, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo - o público receberá a 11ª edição da Expo Vending & OCS (office coffee service) América Latina, com fornecedores de insumos e fabricantes do setor.

Oportunidades

Além da maior proximidade com o consumidor, e de reforçar os dois recentes lançamentos da empresa (as novas linhas de impressoras e multifuncionais SmartPrint e Tanque de tinta) , a Epson quer ampliar a sua participação atual no mercado de cartuchos recarregáveis e de não originais, áreas que movimentam cerca de R$ 900 milhões.

Em nota, o presidente da Epson do Brasil, Paulo Ferraz, ressaltou essa intenção: "A empresa vem investindo fortemente em tecnologia para se adaptar aos novos hábitos de consumo dos brasileiros. Se existe um mercado de cartuchos não originais ou recarregáveis, que movimenta hoje R$ 900 milhões ao ano, não podemos ficar fora dele".

O fato foi ressaltado por Daniela, ao afirmar ainda que para combater a pirataria a empresa lançou o cartucho considerado o mais barato do mercado, a R$ 15,99. "Temos os produtos com preço menor, pois o consumidor é sensível a isso. Queremos que ele adquira o produto original e não o genérico", disse Daniela.

Mesmo ainda sem a perspectiva de abrir lojas próprias, a Epson aposta também em revendas exclusivas, como é o caso da D-Comp, um centro de serviço autorizado Epson. Segundo Daniela, existe um esforço na empresa para que se consiga um número maior de autorizadas interessadas em trabalhar apenas em venda e conserto dos equipamentos da marca.

"Temos muitos parceiros de assistência técnica, além de grandes empresas, como a Casas Bahia, que vendem nossos equipamentos. Queremos criar, nessas assistências, lojas Epson. Esses empresários virariam revendedores exclusivos dos produtos Epson para uso profissional e dos equipamentos para o consumidor doméstico", explicou a especialista em produtos Epson.


Veículo: DCI



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