Em um ano, Mobly vende mais do que o site da Casas Bahia

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Portal especializado em venda de móveis prevê faturar até R$ 380 milhões em 2013



O modelo é conhecido: jovens empreendedores, com um plano de desenvolver algo no estilo “nunca antes neste país”, conseguem um aporte de um fundo estrangeiro interessado em ganhar dinheiro em um mercado emergente com algum serviço na internet. E, claro, fazem sucesso. Pois foi com amesma receita de tantas outras empresas que o site de comércio eletrônico Mobly, voltado para a venda de móveis e artigos para casa e decoração, começou a operar em novembro de 2011.

Um ano depois, os esforços dos sócios Victor Noda, Marcelo Marques e Mario Fernandes, somados aportes da ordem de ¤ 20 milhões dos fundos Rocket Internet, Kinnevik e JP Morgan, garantiram a liderança desse mercado à frente de varejistas tradicionais de móveis do país, como Tok&Stok, Etna, Casas Bahia e Magazine Luiza. Com uma receita de R$ 150 milhões em 2012 e meta de chegar até R$ 380 milhões neste ano, o site prepara-se para a grande alavancada: chegar ao primeiro bilhão já em 2015.

Victor Noda, que é formado em engenharia mecânica pela Poli-USP e trabalhou por seis anos na consultoria Booz & Company, não esconde que o plano é seguir os passos da Dafiti. A partir desse segundo semestre, a empresa começa a anunciar pesado em televisão. “Hoje a Mobly ainda é mais conhecida por quem procura as informações sobre móveis na internet, mas com a divulgação de massa isso vai mudar”, garante Noda. Antes disso, no entanto, os empresários estão preparando a casa. “Vamos dobrar a área de nosso centro de distribuição, em Jundiaí (SP), hoje com 12 mil metro quadrados”, conta.

Além disso, a Mobly quer aumentar a oferta de itens no site, que atualmente, está na casa dos 40 mil. “Vamos chegar a cerca de 70 mil itens, o que é muito superior ao de nossos concorrentes”, afirma o empresário. de acordo com Noda, as varejistas de móveis tradicionais oferecem em seus portais de comércio eletrônico apenas um terço dos produtos vendidos nas lojas físicas. Ele explica que a logística para a venda de móveis é um desafio para todas as empresas, mas que a Mobly desenvolveu um modelo diferenciado para conseguir chegar a todo o país.

Modelo de negócio

Primeiramente, Noda diz que a empresa tem a seu favor sete anos de experiência do sócio Mario Fernandes em logística na Ambev. “Temos quase 18 mil móveis no site, fruto de um parceria com 650 fornecedores. E como não podíamos contar só com o estoque próprio, o que seriaumespaço impossível, garantimos um estoque para a Mobly nos próprios fornecedores. Isso faz com que em regiões de São Paulo, por exemplo, possamos entregar em um dia”, conta.

A Mobly trabalha com entregas emtodo o país e prazo entre um e 20 dias, dependendo da categoria do produto. “Temos 450 modelos de sofás; os mais sofisticados, levarão mais tempo para serem entregues.” A empresa oferece montagem própria dos produtos, no entanto, apenas em cinco regiões: São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Baixada Santista e Grande Belo Horizonte.

Expansão internacional

Até o final do ano, a Mobly vai começar a operar também sua operação em outros países da América Latina. “Vemos uma oportunidade enorme de crescermos no Chile, Argentina e México”, afirma Noda.



Veículo: Brasil Econômico


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