O varejo tradicional vai mudar de cara nos próximos anos. O conceito de showrooming começa a ser discutido, e o cliente usará a loja como um showroom, mas comprará em qualquer lugar, de acordo com a sua conveniência. As máquinas automáticas de vendas (vending machines) estão mais inteligentes, permitem interatividade e entretenimento, e a sua gestão pode ser feita de forma remota. A tendência é câmeras de vídeo serem utilizadas cada vez mais como forma de segurança, para capturar o perfil do cliente (sexo, idade e expressão) e permitir a captura da biometria facial - identificação automática.
Assuntos como esses foram debatidos pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que conta com 30 mil associados em todo o País, representando hoje cerca de 107,1 mil lojistas. A entidade contou com executivos no maior evento do varejo mundial, a Retail's Big Show - NRF, realizado em janeiro, nos Estados Unidos. De acordo com o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, a comitiva contava com 124 profissionais de shoppings e lojistas no evento, realizado em Nova York.
Em São Paulo, na semana passada, a entidade realizou seu tradicional encontro "Pós-NRF", onde especialistas apresentaram essas e outras tendências para aquecer o mercado varejista. "A loja deverá ser interativa, divertida e trazer informações relevantes aos clientes. A mobilidade já está reinando e ajudará o varejista em suas operações para aumentar as vendas por meio do mobile commerce. O autoatendimento também aumentará, principalmente pelo uso de self check-outs", declarou Regiane Relva Romano, CEO da Vip-Systems Informática & Consultoria. Para ela, as redes sociais terão papel fundamental na integração dos canais e posicionamento das marcas. "O e-commerce tende a crescer de forma acelerada. Será imprescindível a integração dos múltiplos canais. O conceito big data está começando a ser explorado e irá gerar informações importantes para a tomada de decisões".
Para Edmour Saiani, diretor- -presidente da Ponto de Referência, especializada em gestão de atendimento e de serviços, a marca enfocará a reputação: "O que o cliente sente, diz e posta é o mais importante. O varejista tem de pensar no caminho para o crescimento sólido e estruturado. Tem de ficar atento para o relacionamento, a reputação, e, claro, o resultado".
"Termos de aprender a emocionar as pessoas através dos novos códigos de vendas e tecnologias que estimulem sensações. Cuidem e interajam com seus clientes. Aprendam tudo sobre consumo emocional", declarou Carlos Ferreirinha , presidente MCF Consultoria & Conhecimento, especializada em ferramentas de gestão e inovação em luxo e premium.
Veículo: DCI