Marabraz, Eletro Shopping e Cybelar miram "e-commerce"

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Por ser um dos segmentos do varejo que indica ter mais força de crescimento, o comércio eletrônico (e-commerce) começa a atrair novos players redes regionais. Na área de móveis e eletrodomésticos, as novas interessadas em explorar esse mercado são Marabraz, Eletro Shopping e Cybelar, que disputarão uma fatia dos cerca de R$ 10,2 billhões este ano, 25% mais do que o visto ano passado, de acordo com a e-bit, especializada em e-commerce.

 

As varejistas seguem o rastro de gigantes como Casas Bahia, Wal-Mart e Ponto Frio, e para Pedro Guasti, presidente do e-bit, as redes regionais estão se posicionando e alcançando o âmbito nacional e muitas já enxergaram no e-commerce uma maneira de potencializar suas vendas em todo o País, como é o caso também do Magazine Luiza, com base no interior de São Paulo, e da Lojas Colombo, do Rio Grande do Sul. "O e-commerce não está blindado da macroeconomia, mas continua crescendo mais e nosso faturamento atrai todos os varejistas, que ainda aproveitam que o público B e C está usando mais a internet", explica.

 

Segundo Nasser Fares, diretor e neto do fundador da rede Marabraz, especializada em móveis, a rede estuda atualmente esse mercado eletrônico e quer passar a vender seus produtos também pela internet, provavelmente até o final deste ano. "A área vai incluir as linhas de móveis de maior qualidade".

 

Fares prefere não revelar detalhes enquanto o projeto não estiver pronto. A rede conta com 115 unidades no estado de São Paulo, e planos de abertura de 50 lojas em 1 ano e meio. Plano que levará adiante assim que a situação da economia melhorar. A abertura de cada loja da rede custa de R$ 800 mil a R$ 1,5 milhão.

 

Já a Cybelar, rede varejista de móveis e eletrodomésticos, que possui mais de 60 lojas espalhadas pelo interior paulista, atendendo principalmente o público C e D, afirma que já prepara o terreno para montar a sua operação no e-commerce. Por enquanto, a estratégia é atuar com o que a rede chama de "vitrine virtual". O objetivo é ampliar o número de itens oferecidos e vendas com a instalação de terminais nas lojas, nos quais os clientes podem consultar um catálogo com produtos.A vitrine comporta mais de 1 mil produtos, mostrando variações de cor e de voltagem.

 

De acordo com Gabemar Vieira, diretor de vendas e marketing da Cybelar, mesmo as lojas que têm tamanho menor podem vender a linha completa de produtos da rede. Com os terminais de serviço virtual também será mais fácil para a rede estruturar e migrar totalmente para o e-commerce: "Através do catálogo virtual, que opera na mesma base web de uma loja on-line, estaremos a um passo de iniciar nosso e-commerce. A experiência possibilitará conhecer o que o nosso cliente busca".

 

Quem acaba de entrar no segmento de comércio eletrônico, e prova essa tendência de regionalização, é a Eletro Shopping, uma das maiores do Nordeste. São 104 lojas entre Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco. A empresa diz que a expectativa é da loja virtual terminar o ano com faturamento equivalente a 10% das suas lojas físicas. Para 2010, esse número deve saltar para 20%.

 

Com o e-commerce, a Eletro Shopping, que atende o público das classes A, B e C, quer entrar nas regiões onde ainda não possui operação. O projeto da loja virtual foi desenvolvido em parceria com aIkeda e-commerce, empresa especialista em comércio eletrônico. Foi montado um time de 16 profissionais apenas para gerenciar a loja virtual. A Eletro ainda acredita que seus consumidores aprovarão a novidade, além do e-commerce ser mais um canal em que podem ser encontrados itens que não são vistos nos mostruários das unidades físicas.

 

Alessandro Gil, diretor de Marketing da Ikeda, que fez a plataforma de vendas on-line da Eletro Shopping e a solução da Cyberlar, reforça que está sendo procurado por muitos clientes que exploram a venda para a classe C e atentos ao fato de que montar uma loja virtual é mais barato e que montar uma loja física. "O e-commerce ainda está começando no Brasil e é oportunidade em que rede menor pode se equiparar ao grande".

 

Supermercadista

 

Outra varejista que deve entrar em breve no cenário de vendas eletrônicas é a vice-líder do setor supermercadista Carrefour. Procurada, a rede francesa se pronunciou sobre o assunto, mas apenas por meio de sua assessoria. A empresa afirmou que o primeiro semestre de 2010 é a data da entrada do Carrefour no começo nas vendas on-line.

 

Veículo: DCI


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