As empresas que participaram do 14o estudo sobre redes e associações de negócios revelam quais as suas ações para se tornarem cada vez mais profissionalizadas. Destacam entrada e saída de associadas e o foco nas ações conjuntas para atingirem objetivos, ou seja, serem mais rentáveis e crescerem de forma sustentável, minimizando e superando os desafios
O 14º Ranking de Redes e Associações de Negócios da Abras, elaborado com exclusividade pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade, traça o perfil das empresas que se associam para gerir suas lojas. A finalidade do estudo, desde sua primeira edição, é o de se aprofundar na atividade trazendo à tona ações de gestão e operação que fazem com que as empresas associadas ampliem cada vez mais seu grau de profissionalização e, consequentemente, cresçam em faturamento, número de lojas e o que é importante, ampliem eficiência e produtividade.
Como não são poucos os desafios, o que é normal a qualquer ramo de negócios, a pesquisa sempre detecta mudanças importantes ocorridas entre um ano e outro nas redes. Elas ocorrem justamente por causa das adequações que precisam ser feitas para superar os desafios decorrentes do trabalho conduzido em equipe.
Em relação ao Ranking, muitas redes de negócios mudaram de posição e as motivações foram diversas, desde abertura de lojas e entrada de mais associados até questões logísticas e divergências de mix. O que comprova a dinâmica da atividade e que essas redes estão no caminho certo. O grupo de empresas que declararam seus dados, em conjunto, teve crescimento nominal no faturamento na casa de dois dígitos, 10,9% (sem participação de empresas ligadas ao atacado).
E esses números provêm de 73 redes, que correspondem a mais da metade desse universo, estimado em 130 associações de negócios Segundo o consultor de economia da Abras, Flávio Tayra, a pesquisa deste ano mostrou um cenário interessante, que atenta para duas situações.
“A primeira é que se associar em redes é um bom negócio e faz com que as empresas faturem mais, com diversos casos bem-sucedidos. A segunda é que se relacionar dessa maneira requer adaptação e estar aberto a novos modelos de gestão e superar desafios, principalmente relacionados à cultura das empresas”, analisa. Isso poderá ser observado nas respostas dadas pelas redes que passaram por processo de reestrutruação e tiveram suas configurações modificadas.
Números gerais
O que não se pode negar é que embora haja movimentações, o segmento de redes tem alta em cerca de 130 redes de negócios teve faturamento bruto de R$ 28,05 bilhões, crescimento nominal de 4,0% em relação a 2012. Em número de lojas, este grupo de associações somou 3,95 mil estabelecimentos, com acréscimo de 1,2% no número de lojas e, ao que tudo indica, são lojas com metragem maior, pois a área de vendas total oscilou de 2,13 milhões m2 para 2,17 milhões de m2, uma diferença de 5,6%. O número de check-outs obviamente acompanhou e passou de 18.354 para 18.598 unidades, aumento de 1,3%.
Vale destacar que o critério de consolidação desses dados aqui divulgados é projetado com base na taxa de crescimento das “mesmas empresas” do Ranking 2013 em comparação ao Ranking 2012, a fim de se manter a série histórica. E por conta da configuração e gestão diferenciada, estes números também não incluem as redes de negócios associadas ao canal atacadista, como é o caso da Rede Smart, do Grupo Martins, por exemplo, nem os conglomerados formados por lideranças regionais, como Rede Brasil e Rede São Paulo.
Leia a pesquisa completa na Revista SuperHiper edição de Setembro 2014