Pesquisa Sazonal

Redes de Negócios

2019

A união que segue dando lucro

O faturamento conjunto das empresas supermercadistas, que se reúnem sob o modelo de redes e associações de negócios, registrou novo crescimento no exercício de 2018, de acordo com a 19ª Pesquisa Ranking de Redes e Associações de Negócios, elaborada anualmente pela Abras.

No ano passado, a receita bruta desse mercado teve um aumento nominal de 10,3%, passando de R$ 41,8 bilhões para R$ 46,1 bilhões. Em termos reais, descontando os efeitos da inflação, o salto foi de 6,4%. Trata-se, portanto, de um crescimento real mais expressivo do que o verificado em 2017, quando o segmento avançou 3,1%.

O valor, em questão, provém de uma projeção realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, com base no faturamento total do setor supermercadista e no desempenho das empresas declarantes do Ranking de Redes e Associações de Negócios. Outros indicadores de desempenho, naturalmente, também avançaram de maneira mais expressiva. 

A quantidade de lojas operadas pelas empresas associadas às redes de negócios chegou a 4.014 unidades, o que corresponde a um salto de 3,7% no total de estabelecimentos. Consequentemente, o número de checkouts também cresceu, passando de 21.007 para 22.618 — aumento de 7,7%. Outro indicador que demonstra a evolução desse mercado é o total da área de vendas, que saltou 7%, passando de 2,63 milhões de m2 para 2,81 milhões de m2.

“Esse resultado demonstra que as redes de negócios estão, continuamente, se organizando e aperfeiçoando a gestão e operação de suas lojas”, avalia o superintendente da Abras, Marcio Milan. “A cada ano, este mercado tornase mais maduro e forte, o que chama a atenção das indústrias e viabiliza mais sinergia e melhores negociações.” Para o fechamento de 2019, a maior parte das declarantes (61,4%) estimam que o faturamento conjunto das redes de negócios crescerá entre 4% à 10%.

Os destaques das top 5 

Considerando apenas o universo das redes de negócios que declararam suas informações para essa pesquisa e que, portanto, compõem este presente ranking, observasse que as cinco maiores redes, conjuntamente, registram um ganho de receita de 12,8% — passou de 9,33 bilhões para R$ 10,53 bilhões no ano passado.

Destaque para a entrada da gaúcha Rede Super no grupo das cinco maiores, graças ao aumento de 11% em sua receita, que totalizou R$ 1,26 bilhão. 

Com isso, inverteu de posição com a Central de Compras do Brasil (CCB), sediada no Espírito Santo. Na dianteira do ranking, novamente, está a rede Supermercados Associados do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), que atua sob a bandeira Supermarket. Em 2018, seu ganho em faturamento foi de 9,7%, passando de R$ 4,19 bilhões para R$ 4,60 bilhões.

Conforme avalia o seu presidente, Manuel Ferreira Barreiro, este crescimento é fruto da abertura de novas lojas, oito no total, além da modernização de outras unidades, por meio de reforma e aquisição de equipamentos. “Outros fatores, logicamente, contribuíram para o nosso crescimento e para a manutenção da nossa liderança. Buscamos, continuamente, melhorar o atendimento das lojas e temos chegado a bons acordos com os fornecedores, em termos de preço e volume.

Isso nos ajuda a oferecer promoções vantajosas para os clientes. Os investimentos em comunicação também colaboraram com este resultado”, afirma Barreiro. “Seguiremos investindo nessas frentes e, para 2020, contaremos com, minimamente, mais seis lojas”, revela. No caso da rede Saerj, também é notório o aumento no quadro profissional das empresas a ela associadas. No ano passado, a rede gerou 1.538 novos postos de trabalho.

Completam o grupo das top 5 a rede Uniforça (CE), que registrou receita de R$ 1,66 bilhão, Rede Nordeste (RN), que faturou R$ 1,52 bilhão, a catarinense Rede Premium de Supermercados (R$ 1,50 bilhão) e, como já dito, a gaúcha Rede Super (R$ 1,26 bilhão).

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