2022

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Mais um ano de superação e crescimento

Durante o Smart Market aconteceu o tradicional Ranking ABRAS, ocasião em que foram revelados os dados oficiais do setor e homenageadas as empresas que lideram a pesquisa

Uma das grandes e principais atrações do Smart Market foi a divulgação do Ranking ABRAS 2022, tradicional pesquisa realizada pela entidade há 45 anos e que traz os números oficiais sobre os resultados do setor supermercadista brasileiro. Nesta ocasião, 43% do PIB do autosserviço se reencontrou de forma festiva para celebrar os resultados obtidos pelos supermercados no ano passado (veja números na matéria a seguir) e, também, para homenagear as 25 maiores empresas do Ranking, em representação a todas as 1.226 empresas participantes deste importante pesquisa. Além disso, o evento também contou com uma apresentação liderada pela NielsenIQ, parceira da ABRAS há muitas décadas neste projeto.

Em seu discurso de abertura, o presidente da ABRAS e anfitrião da noite, João Galassi, enalteceu o grandioso trabalho dos supermercados brasileiros e a importância de as maiores lideranças do setor estarem reunidas em um evento da magnitude do Smart Market. “Estamos em um evento que reúne todas as comunidades de alta performance do setor supermercadista. Ou seja, trouxemos os executivos que fazem essa premiação acontecer”, destacou Galassi, que também deu a sua visão a respeito dos desafios do varejo alimentar para o biênio 20222023 e de como o Smart Market pode contribuir com essas importantes questões.

“O setor supermercadista, sendo o principal canal de abastecimento dos lares, tem que continuar abastecendo a sociedade com muita eficiência e segurança. Entendemos que esse evento pode ampliar a percepção dos supermercadistas sobre como melhorar seus indicadores de performance para, consequentemente, elevar a qualidade e eficiência de suas operações.

POR DENTRO DO AUTOSSERVIÇO

Em sua apresentação, composta por uma ampla gama de dados e informações sobre o desempenho do varejo alimentar, o diretor de Varejo e E-commerce da NielsenIQ Brasil, Roberto Butragueño, parabenizou os premiados do Ranking ABRAS e também relembrou o grandioso trabalho do setor durante a pandemia.

“Acompanhamos o desafio do varejo nos dois últimos anos, assegurando o consumo na ponta, não abrindo mão de ninguém. Agora, temos outro desafio para lidar, que é a inflação, e o varejo se volta com a indústria para debelar o problema”, enfatizou o executivo. “Estamos em um momento muito desafiador. Um estudo global da NielsenIQ mostra que grande parte da população foi impactada economicamente, ou seja, 63% dos lares do mundo estão fazendo mudanças para adaptar seus orçamentos.

Só que no Brasil, a parcela de pessoas com queda no poder aquisitivo é muito maior, principalmente devido à inflação.”

Em três anos, a NielsenIQ contabilizou uma alta média nos preços dos alimentos de 30%, o que impacta por demais a vida das pessoas. Já bebidas, itens de higiene, beleza e limpeza sofreram aumentos de até 16% no ano passado.

“Para o varejo e a indústria isso é um desafio gigantesco, porque se veem na posição de compensar essa elevação, comprometendo suas margens”, analisou Butragueño. “Vendo de forma global, o Brasil é um dos países com maior desafio inflacionário para os próximos períodos.”

Como o varejo bem sabe, inflação é sinônimo de mudança de comportamento por parte do consumidor. “Para fazer valer seu poder de compra, o shopper diversifica canais, buscando custo-benefício. Reduz as idas ao ponto de venda, efetuando a antiga compra do mês. Nas lojas, revê o tamanho das embalagens, de olho nas opções que cabem no bolso. Também realiza otrade down, a troca por marcas mais baratas. Diante de todo esse cenário, reduz o volume de produtos e raciona a compra”, acrescenta o executivo da NielsenIQ. Para Butragueño, o cenário para o varejo alimentar se torna ainda mais desafiador por conta da intensificação da inerente concorrência entre as empresas, que agora também dividem espaço com outros modelos de negócios.

“O custo de aquisição de um cliente é maior diante das novas concorrências que surgem. O cliente tem cada vez mais alternativas e todos temos menos oportunidades de ganhar o consumidor que vai ao PDV, ainda com orçamento reduzido. Além disso, temos outros concorrentes roubando o bolso do consumidor, como os marketplaces, lojas especializadas e também a evolução da venda direta da indústria ao consumidor final. Em meio a tudo isso, temos atacarejo com sortimento de hipermercado, hiper com preço de atacarejo e farmácia com categorias alimentar de impulso. Resumindo, um entorno cada vez mais desafiador, dinâmico e complexo, que demanda ainda mais inteligência de mercado de todos nós, com uma utilização cada vez assertiva e aprofundada dos dados”, finalizou.

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