A mexicana Femsa informou ontem que pode fazer aquisições. Afirmou, à Reuters, que pode usar sua participação de US$ 5,7 bilhões na Heineken, resultado da venda de sua unidade de cerveja, como garantia para empréstimos. A ideia é obter dinheiro e buscar oportunidades de aquisição para sua unidade de refrigerantes, além de impulsionar a expansão da rede de lojas de conveniência.
A Anheuser-Busch InBev estaria planejando a compra total do Grupo Modelo, do México, segundo analistas consultados pela Bloomberg. A maior cervejaria do mundo teria de investir cerca de US$ 7 bilhões para adquirir os 50% de participação que ainda não detém na fabricante da cerveja Corona.
No mercado brasileiro de cervejas, fazer novas aquisições ficou mais difícil, segundo a Euromonitor. "Com a compra da Femsa pela Heineken, lá se vai a melhor chance de entrada no mercado da América Latina", diz o estudo. As oportunidades "se tornaram escassas", mesmo se consideradas as cervejarias Schincariol e Petrópolis. Ao contrário da maior parte dos mercados mundiais, o volume de vendas de cerveja no Brasil continua crescendo. Segundo a Nilsen, de janeiro a novembro de 2009, foram vendidos 6,98 bilhões de litros - quase o total de 2008, de 7,27 bilhões. As vendas de R$ 28,45 bilhões dos 11 primeiros meses de 2009 já ultrapassa os R$ 28,07 bilhões de 2008. (LC)
Veículo: Valor Econômico