Garrafas retornáveis elevam vendas da Coca-Cola Brasil em 13%

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A concorrente PepsiCo teve queda no lucro, mas aumento nas vendas mundiais

 

Uma garrafinha de Coca-Cola por R$ 0,50? Não, o preço não está errado. Esse valor é realmente o preço da bebida em muitos bares e lanchonetes do Brasil graças a uma estratégia adotada pela Coca-Cola Brasil: a garrafa retornável. Graças ao aumento na adesão a esse tipo de embalagem, as vendas da empresa no país tiveram um crescimento de 13% em volume no segundo trimestre do ano.

 

"Uma garrafa retornável, se for de vidro, vai e volta cerca de 40 vezes e isso, além de ser mais ecológico, possibilita que o consumidor pague somente o preço do líquido", explica Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola.

 
 
 
A Coca-Cola usa embalagens retornáveis de vidro já há alguns anos. Em 2008, a empresa começou a usar também o Ref Pet - vasilhame de PET (politereftalato de etila) que também pode ser reutilizado. As garrafas Ref Pet podem ir e voltar do consumidor para a indústria até 25 vezes.

 

No entanto, o uso de retornáveis se intensificou recentemente, segundo Simões, por uma questão econômica. "É um reflexo do bom momento do país e da escolha da companhia em focar no consumidor das classes C e D", afirma. Segundo uma pesquisa feita pela Coca-Cola, o dinheiro que o consumidor dessas faixas sociais tem disponível por dia para gastar com itens supérfluos e de indulgência pessoal varia entre R$ 0,50 e R$ 0,60. E o preço da Coca-Cola em garrafa retornável de 200 ml se encaixa nesse orçamento.

 

O refrigerante, segundo Simões, foi o destaque de vendas da companhia, que acumulou crescimento nas vendas pelo 25º trimestre consecutivo (75 meses). "Os refrigerantes Coca-Cola, apesar de serem uma linha de produtos madura, impressionantemente continuam sendo o grande impulso nas vendas da empresa", diz Simões. Os números da Vonpar Bebidas, engarrafadora da Coca-Cola no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, são uma amostra desse crescimento. Segundo a Vonpar, a Coca-Cola tradicional teve crescimento de 10% nas vendas nos seis primeiros meses do ano relação ao mesmo período de 2009. A Coca Zero teve alta de 14,2%. No geral, a Vonpar acumulou alta de 12,4% em sua receita bruta no primeiro semestre.

 

Outra franqueada, a Norsa (Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte) teve alta de 26% em seu faturamento bruto, que chegou a R$ 722 milhões no primeiro semestre. A Spaipa, fabricante da Coca no Paraná e interior de São Paulo, atingiu alta no lucro líquido do trimestre de 29,3% em relação aos mesmos três meses de 2009.

 

No mundo, a Coca-Cola teve aumento de vendas de 4%. Os refrigerantes cresceram 3% e os sucos e outras bebidas, 10%. O lucro líquido foi de US$ 2,37 bilhões, 16% maior que os US$ 2,04 bilhões do segundo trimestre de 2009.

 

Já a rival PepsiCo teve alta de 40%, nas vendas mundiais no segundo trimestre. O faturamento mundial nesse período chegou a US$ 14,8 bilhões (a companhia não divulga os resultados no Brasil). Porém, o lucro líquido da companhia caiu 3,4%, para US$ 1,613 bilhão contra US$ 1,668 bilhão no mesmo período do ano passado. Segundo analistas, os custos das recentes aquisições da empresa são a principal razão para a diminuição no resultado. A PepsiCo gastou US$ 155 milhões na integração de várias empresas de engarrafamento no último trimestre.
 


 
Veículo: Valor Econômico


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