A Budweiser, a cerveja mais conhecida do mundo, chega ao país no segundo semestre de 2011 e a agência Africa, do grupo ABC, dos empresários Nizan Guanaes e Guga Valente, será a responsável pela campanha publicitária da marca.
Segundo o Valorapurou, a expectativa é que até outubro deste ano a cerveja esteja sendo distribuída nos mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro, para disputar o consumidor no próximo verão. Consultada, a Ambev confirmou a contratação da Africa e a chegada da marca este ano, mas sem informar em que mês ocorrerá.
A bebida deve se posicionar em uma categoria pouca explorada no país, chamada no mercado de "core plus". Isso significa que a Budweiser ficaria entre as cervejas de maior consumo em volume (como Brahma e Antarctica) e às premium (Stella Artois e Bohemia). É um posicionamento que a Anheuser-Busch InBevplaneja ocupar já há algum tempo, de maneira que a entrada da marca não canibalize outros produtos da cervejaria. Essa questão foi analisada no processo de construção do plano de negócios da Bud no Brasil.
João Castro Neves, presidente da Ambev, já havia deixado claro, em conferência realizada com investidores americanos em junho, que existia uma oportunidade para construir uma marca nessa área no Brasil, por meio da entrada de uma grife reconhecida globalmente.
O Valor apurou que a bebida deve ser produzida localmente, na fábrica de Jacareí, cerca de 100 km da capital paulista. Analistas do setor acreditam que a entrada da marca no país se dará pela venda em garrafa long neck e lata. Não haverá mudanças na identidade visual da marca, que se destaca pelas cores branca, azul e vermelha, as cores da bandeira dos Estados Unidos.
A campanha publicitária no Brasil poderá explorar a mensagem de que a produção da Bud é "diferenciada". Essa questão inclusive, é algo que o presidente mundial da AB InBev, Carlos Brito comentou recentemente. "Temos de melhorar a maneira como reforçamos os fundamentos da marca [Budweiser]. Não temos enfatizado às pessoas que há um processo de fermentação diferente das outras cervejas que existem por aí", disse ele em junho ao "The Wall Street Journal".
Trazer a Bud para o Brasil faz parte da estratégia da AB Inbev de levantar as vendas da marca, que têm regredido nos EUA, onde as vendas de cerveja - ao contrário do Brasil - estão em declínio.
A escolha da Africa ocorreu após meses seguidos de avaliações de propostas de agências. Seis estavam no páreo quando o processo começou, em meados de 2010, mas nenhuma teria apresentado um posicionamento de marca que agradasse à empresa. Foi aí que a Africa entrou no processo.
Veículo: Valor Econômico