A cervejaria dinamarquesa Carlsberg anunciou ontem a venda de sua cervejaria Feldschlosschen de Dresden, na Alemanha, para a Frankfurter Brauhaus. O movimento faz parte da estratégia adotada pela fabricante de enxugar sua linha no norte do país.
A cervejaria vendida tem capacidade de produção de 1,9 milhão de hectolitros e a venda resultará em uma perda contábil de cerca de 130 milhões de coroas dinamarquesas (US$ 23,4 milhões), comparado ao valor contábil da unidade, informou ontem a Carlsberg em um comunicado oficial.
A Carlsberg disse ter recebido o dinheiro, mas não forneceu mais detalhes. "A venda é parte da estratégia da Carlsberg Deutschland de se concentrar em cinco marcas principais no norte da Alemanha: Carlsberg, Holsten, Lubzer, Duckstein e Astra", informou a cervejaria.
A Frankfurter Brauhaus assumiu o controle da Feldschlosschen em 1º de janeiro, tornando-se responsável por 172 funcionários.
A cervejaria dinamarquesa é a quarta maior do mundo depois da belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev, da anglo-africana SABMiller e da holandesa Heineken, com faturamento de 59,5 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 10,54 bilhões) e um império que se estende da Europa ao Oriente.
A venda fechada na Alemanha é o maior negócio da empresa desde 2008, quando a Carlsberg, em uma transação comandada por seu presidente Jørgen Buhl Rasmussen, se uniu à concorrente holandesa Heineken para comprar a britânica Scottish & Newcastle por US$ 13,91 bilhões.
As operações britânicas, portuguesas, irlandesas, finlandesas e belgas da Scottish & Newcastle ficaram com a Heineken, enquanto as da Ásia, França e Grécia com a Carlsberg. O acordo fez da dinamarquesa uma multinacional com grande presença na Rússia, país que responde por 45% das suas vendas. (Com Redação
Veículo: Valor Econômico