A Cervejaria Backer, fabricante de uma das primeiras marcas de cerveja artesanal de Minas Gerais, com unidade fabril no bairro Olhos Dágua, na região Sul de Belo Horizonte, encerrou 2009 com uma expansão de 20% na receita frente ao resultado de 2009. Certa do aumento da demanda, para 2011 a estimativa é voltar a crescer 20% sobre 2010.
De acordo com a diretora de Marketing da Cervejaria Backer, Ana Paula Lebbos, o mercado está tão aquecido que, em janeiro, a empresa recebeu 15 solicitações de pedidos para novas parcerias. "Neste ano, deveremos dar prosseguimento à nossa política de expansão pelo interior de Minas", revelou.
Também está previsto, para os próximos meses, mais cinco lançamentos. O objetivo, segundo Ana Paula Lebbos, é agregar valor ao portfólio da Backer, hoje com cinco tipos de cerveja no mercado: Pilsen, Pale Ale, Trigo, Brown e Medieval. Quatro dos novos produtos, segundo ela, estarão no mercado até março e o último no segundo semestre de 2011.
A diretora revelou que neste ano não está programado grandes investimentos, visto que no exercício passado foram aportados cerca de R$ 1 milhão, com recursos próprios, no aumento da capacidade instalada, que passou de 240 mil litros/mês para 300 mil litros/mês de cerveja artesanal. Foram adquiridos, ainda, um caminhão, uma nova máquina de pasteurização e dois tanques de fermentação.
Ela também revelou que, com a melhora do cenário econômico, a Backer poderá desengavetar um projeto que foi adiado em função da crise financeira mundial. Segundo ela, o objetivo é construir um parque cervejeiro, com ampla área verde, extensa coleção de espécies tropicais, acervo artístico, chalés, restaurantes, lojas, além de oferecer cursos para que os visitantes possam conhecer todo o processo de fabricação da Cervejaria Backer.
"Esse projeto poderá sair do papel a qualquer momento. Falta encontrar uma área que se encaixe dentro do perfil da empresa, já que não queremos apenas um parque industrial. O ideal é que seja em um local mais afastado do centro da capital mineira", adiantou a executiva, sem revelar detalhes.
Expansão - A microcervejaria Artesamalt, com planta instalada em Capim Branco, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), prevê grandes investimentos neste ano com a finalidade de ampliar a produção em razão da forte demanda. Embora não tenha informado o montante, a empresa está pleiteando uma linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Por questões estratégicas, o volume de produção e a capacidade instalada da planta não foram revelados. No entanto, segundo o sócio-proprietário da Artesamalt, Augusto Viana Figueiredo, a fabricação da cerveja será ampliada em 10% no decorrer do ano. "Também trabalhamos com esse índice de crescimento para 2011. Estamos operando à plena carga, mas ainda não existem planos de expansão da planta para este exercício", explicou.
De acordo com o empresário, os chopes produzidos pela Artesamalt estão presentes em cerca de 50 choperias espalhadas por 10 cidades em um raio de 200 quilômetros de Capim Branco. "São cidades como Belo Horizonte, Contagem, Confins, Betim, Lagoa Santa, Itabira, dentre outras. Hoje, temos dois estilos de cerveja. A grande novidade para 2011 será o lançamento das garrafas de 600 ml e da long neck de 320 ml", revelou.
Na Krug Bier, fabricante da cerveja Áustria Bier e do chope Krug Bier, com unidade fabril no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na RMBH, a demanda está tão aquecida que as vendas estão 30% acima do previsto para esta época do ano. "Este será o melhor trimestre dos últimos anos", observou o presidente da empresa, Marcelo Bruzzi.
A Krug Bier fechou 2010 com uma expansão de 70% no faturamento em relação a 2009. O dirigente ainda não fez projeções para 2011, porém a expectativa é manter o crescimento acelerado dos últimos anos. "Atualmente, temos cinco rótulos. Vamos realizar mais dois lançamentos nos próximos meses."
Com o propósito de dar um salto na produção, a Krug Bier deve investir, aproximadamente, R$ 150 milhões na construção de uma nova planta na RMBH, cujo local não foi revelado. O objetivo é expandir a produção de 3 milhões de litros/ano para 30 milhões de litros/ano. A previsão é de que as obras civis comecem ainda no segundo semestre. (WR)
Veículo: Diário do Comércio - MG