Grupo carioca Petrópolis quer expandir operações no Brasil

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A cervejaria carioca Petrópolis tem como meta ampliar a sua presença no País. Em 2011, a previsão da empresa é crescer 14% e faturar R$ 2,7 bilhões no mercado nacional. Segundo o diretor de Marketing do Grupo Petrópolis, Douglas Costa, os objetivos da companhia nos próximos anos são a consolidação das marcas no País e a penetração em todo o território brasileiro. Hoje, a atuação da empresa está concentrada nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Após investimento da ordem de R$ 178 milhões realizado no ano passado para expandir a capacidade produtiva e ter novas linhas de produção, em 2011 a empresa investirá mais de R$ 20 milhões na melhoria da infraestrutura de suas fábricas.

 

"O mês de fevereiro ganhou um fôlego a mais, porque o carnaval só acontecerá em março, época que representa incremento de 15% a 20% nas nossas vendas. Acreditamos que o ano será excepcional", afirma Costa.

 

De acordo com o executivo, os investimentos feito nas plantas da companhia no ano passado viabilizarão o atendimento da demanda provocada pelas altas temperaturas de 2011, que corresponde a 70% da receita da empresa, entre o período de outubro a março.

 

Além dos planos de expansão para atingir 100% dos estados brasileiros em sete anos, a empresa estuda ainda a ampliação das vendas no exterior. "Exportamos ainda pouca quantidade de produtos para os Estados Unidos e Inglaterra. Nossa prioridade é a consolidação dos nossos negócios no mercado interno, mas existem projetos para crescimento das nossas exportações", afirma o diretor de Marketing.

 

Outra oportunidade para os negócios da fabricante de cervejas está, segundo Costa, no segmento premium. A categoria em o maior valor agregado e ainda tem participação muito pequena nas vendas de cerveja no País. "Hoje essa categoria corresponde a 5% do nosso faturamento, mas a tendência é que as vendas cresçam, alavancadas pela alta do poder aquisitivo do brasileiro e a entrada de multinacionais cervejeiras que trazem parte do portfólio de seus produtos de fora do País", explica o executivo. Um exemplo da aposta da Petrópolis na categoria premium é, além do seu portfólio contar com dez tipos de cervejas do segmento, o licenciamento, no ano passado, da alemã Weltenburger Kloster Barock Dunkel, uma cerveja escura, nascida no ano de 1050 e que passa a ser produzida aqui, no Brasil, pelo Grupo.

 

A cervejaria Petrópolis, detentora das marcas Itaipava e Crystal, foi fundada em 1994 na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, e ocupa atualmente a terceira posição do mercado de cerveja no País, atrás das concorrentes AmBev e Schincariol.

 

O grupo está presente em 11 estados com quatro fábricas -situadas em Petrópolis (RJ), Teresópolis (RJ) Boituva (SP) e Rondonópolis (MT)- e produziu em 2010 cerca de 15 milhões de hectolitros de cerveja. No ano passado a empresa seguiu o ritmo de expansão do mercado cervejeiro nacional e cresceu a 10%, faturando R$ 2,49 bilhões.

 

Para Costa, um dos principais desafios da empresa é ganhar espaço em um mercado onde a concorrência é muito acirrada. Para ele, a briga pelo espaço no ponto de venda (PDV) é muito forte. "São muitas marcas, por isso nossa estratégia principal é na consolidação dos nossos produtos no mercado", afirma ele.

 

Segundo o executivo, o Brasil se tornou um grande alvo para as grandes fabricantes de cerveja do mundo, isso por conta da queda do consumo em países da Europa e nos Estados Unidos, após a crise global iniciada em 2008. Outro fator importante é o crescimento da economia do País, o clima e a abundância de recursos existentes.

 

Confiante no futuro, a Itaipava teve a sorte de não ser afetada pela tragédia que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro no início do ano. "Tivemos apenas dificuldades de acesso às fábricas."

 


Veículo: DCI


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