Belo Horizonte: comércio da Capital eleva as importações de vinho

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Câmbio favorável vem elevando a demanda por produtos importados.


 
A proximidade das festas de final de ano e o dólar baixo formam uma mistura de sabor muito agradável para as empresas importadoras de vinhos, bebidas e produtos finos, muito apreciados na época. As compras, neste ano, já foram feitas e estão entre 30% a 40% maiores do que as encomendas de fim de ano de 2010. Os comerciantes já organizam as adegas e prateleiras para receber os produtos a partir de setembro com expectativa de que os estoques sejam zerados antes da entrada de janeiro. Para muitos, as vendas de dezembro correspondem de três a quatro meses de faturamento.

 

Os lojistas têm motivos para esperar boas vendas, já que, com o câmbio favorável, a importação e o consumo de vinhos estrangeiros vêm subindo ano a ano no Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). Em 2009, as importações alcançaram US$ 176 milhões a de espumantes US$ 7 milhões. Em 2010, os valores passaram a US$ 223 milhões para vinhos e a US$ 10,727 milhões para espumantes. Este ano, de janeiro a julho, já foram gastos US$ 120,303 millhões para trazer vinhos de fora e US$ 4,262 milhões com espumantes.

 

Tudo indica que os valores continuarão subindo em 2011 já que o período de maior consumo é exatamente o final de ano. A Casa do Vinho, por exemplo, concentra 50% de seu faturamento nos meses de outubro a dezembro.  por isso que o diretor e sócio proprietário André Gontijo Martini já está com tudo preparado para trazer novas opções de vinhos italianos (o forte da empresa) e portugueses.

 

"Estou com uma carga em Betim e outra em trânsito", disse. Os vinhos representam 95% do faturamento da Casa do Vinho, que trabalha com importações desde 1969. "Vamos comprar mais este ano do que em 2010", explica Martini.

 

Da mesma forma, a casa Rio Verde já começou a se preparar para atender o aumento da demanda, o que inclui a contratação de 35 novos funcionários e uma operação de logística para armazenar vinhos e cestas de Natal no espaço das oito lojas que funcionam em Belo Horizonte.

 

Segundo Haendel Roberto, superintendente da Rio Verde, 25% do faturamento anual da empresa estão concentrados em dezembro, o que representa vendas até quatro vezes maiores em relação aos outros meses do ano. O principal produto da Casa Rio Verde são os vinhos franceses, mas no Natal é dada grande ênfase para as cestas.

 

Já Fernando Avelar, gestor comercial da Casa Montez, distribuidora de vinhos e alimentos finos, estima vender este ano de 30% a 40% a mais que no mesmo período do ano passado, com destaque para os argentinos, que representam 40% das vendas da empresa.

 

A Montez, um braço da Decanter, trabalha com 1,2 mil rótulos, mas com apenas uma vinícola nacional, a Casa Veduga, e fornece para consumidores finais e também para supermercados, restaurantes, padarias e outros. "Nosso planejamento foi feito entre junho e julho e, em setembro as mercadorias começam a chegar", disse.

 

Hoje, o brasileiro bebe 1,5 litro de vinho/ano, volume bastante desprezível quando comparado aos 50 litros/ano dos franceses, mas esse conusmo está em ascensão.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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