Segunda etapa de projeto socioambiental começa neste mês e irá incrementar produtos.
O escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) de Catas Altas, na região central do Estado, se prepara para iniciar ainda neste mês a segunda fase de um projeto socioambiental no município. Nesta etapa, segundo o técnico agropecuário da empresa Carlos Roberto Alves, agricultores representados pela Associação de Produtores de Vinho, Agricultores Familiares e Outros Produtos Artesanais de Catas Altas (Aprovart) darão continuidade ao trabalho iniciado em 2008 com a finalidade de incrementar os produtos agrícolas locais e resgatar a antiga produção de vinho de uva no município. Uma atividade que atualmente está reduzida a 10% da produção local. Nesta nova etapa será dada ênfase à implantação de unidades demonstrativas com variadas cultivares de uva, morango, banana e outras culturas.
"Encerramos com sucesso a primeira fase do projeto Viveiro Florestal e Comunitário, que teve a Vale do Rio Doce como patrocinadora. As principais ações realizadas foram a construção de estrutura física, que atualmente serve de suporte à produção e manejo de mudas de interesse dos agricultores locais; implantação de duas unidades agrícolas demonstrativas, onde foram inseridas duas variedades de videiras, a Niágara branca (indicada para consumo in natura) e a Bordô folha de figo (indicada para produção de vinho ou suco); e ainda a produção de mudas de frutas, hortaliças, plantas silvestres e ornamentais", relata Alves.
O extensionista, que presta orientação técnica aos agricultores do município, afirma ainda que, nesta segunda fase, além das unidades demonstrativas e de outras ações de apoio aos agricultores familiares, será desenvolvida mensalmente uma série de oficinas de educação ambiental. Esse novo projeto é uma iniciativa da Aprovart em parceria com a Emater-MG, Prefeitura de Catas Altas e a empresa Samarco, que investiu R$ 50 mil para patrocinar estas ações da associação.
Segundo Carlos Roberto, as 400 videiras plantadas na primeira etapa, em duas propriedades do município, deverão render até dezembro cerca de uma tonelada de uvas. De acordo com o técnico da Emater-MG, Catas Altas tem um histórico de produção de uva e vinho da fruta, mas nos últimos anos os produtores locais passaram a investir mais no vinho de jabuticaba, contrariando uma tradição local.
Agora, com o apoio do setor público e da iniciativa privada, querem experimentar novas alternativas de geração de renda, recuperando uma vocação antiga da terra. "Os agricultores querem resgatar a produção tradicional de vinho de uva no município, por isso estamos buscando cultivares tecnicamente mais viáveis, levando em conta as condições climáticas daqui", explica o extensionista da Emater-MG.
Veículo: Diário do Comércio - MG