Já prejudicados pelas recentes restrições americanas ao uso do carbendazim, os produtores brasileiros de suco de laranja enfrentam agora um novo desafio, que poderá ter consequências mais sérias para o setor. A empresa Tropicana, controlada pela PepsiCo, não vai mais vender suco de laranja integral pronto para beber no varejo dos EUA, com o argumento de que suas margens de lucro sumiram e seus consumidores preferem o produto diluído em água, na forma de refrescos ou néctares à base de laranja, adoçados ou não. Nessas bebidas, o suco de laranja representa entre 20% e 65% do volume total.
A esperança dos brasileiros é que esse tipo de decisão se restrinja à Tropicana. Se outras empresas seguirem o exemplo, as vendas de refrescos e néctares à base de laranja terão de crescer muito para compensar a perda de volume nas exportações. "É um problema dez vezes pior que o provocado pelo carbendazim", afirma uma fonte do setor.
Veículo: Valor Econômico