Na semana passada, a cervejaria Heineken realizou, pela primeira vez no Brasil, uma reunião internacional com suas equipes de venda e de marketing, chamada de "Town Hall". O encontro, na pomposa Sala São Paulo, reuniu tanto o time brasileiro quanto altos executivos da Holanda e de países-chave para a empresa, como Estados Unidos, China, Portugal, Polônia e Rússia.
Na pauta, o sistema de distribuição da cervejaria, dona da marca Kaiser. A companhia discute implementar um projeto de distribuição direta alternativo ao que mantém com a Coca-Cola, com quem tem contrato até 2022. Atualmente, toda a produção de cervejas da Heineken é distribuída pelas 16 engarrafadoras do sistema Coca-Cola no Brasil, que inclui empresas como Femsa, Brasal, Vonpar e Spaipa.
O que a companhia estuda é formar uma rede própria para distribuir cerveja onde a Heineken não chega. Hoje, de todo território coberto pela distribuição da Coca-Cola, as marcas da holandesa chegam a apenas 40% dos pontos de venda. "Não vamos bater de frente com a Coca, como Femsa e Molson fizeram", disse um executivo da empresa, referindo-se às companhias que já foram, no passado, donas da Cervejarias Kaiser. "O que queremos é completar essa distribuição onde ela não chega." Oficialmente, a companhia não comentou o assunto.
Veículo: O Estado de S.Paulo