Sabor da Amazônia no copo de cerveja

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Bebida artesanal da Amazon Beer chega à Europa em novembro, depois à China e aos EUA

A expansão do mercado de cervejas artesanais chamou a atenção do empresário Arlindo Guimarães em 1999, que começou a pensar na possibilidade de trabalhar com esse produto. “Meu interesse sempre foi em me inspirar na rica variedade de frutas, sementes, raízes e madeiras que a floresta Amazônica oferece, para elaborarmos produtos únicos e não copiados”, destaca Guimarães.

Após um ano, o empreendedor inaugurou a Amazon Beer. O nome, em inglês, é em homenagem à empresa que construiu o Porto de Belém em 1907, chamada Amazon River.

Logo no início, o investimento foi de R$ 10 milhões, entre capital próprio e financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Banco da Amazônia (Basa). Em 2000, a capacidade de produção era de 12 mil litros por mês. Atualmente, é de 120 mil litros. “O mercado de cerveja artesanal é recente e vem crescendo extraordinariamente nos últimos cinco anos por causa do poder aquisitivo e interesse de degustar produtos diferenciados”, aponta o empresário.

Para garantir o consumo do público exigente das classes AB e tentar migrar para a C, Arlindo conta que possui uma equipe para desenvolver os produtos, coordenada pelo mestre-cervejeiro Reynaldo Fogagnolli. Entre as mais vendidas, a pilsen de Bacuri (fruta da região) e a Witbier de Taperebá são os grandes destaques. Para dezembro, a empresa prepara o lançamento de três sabores.

A cerveja Stout de Açaí, a cerveja Red Ale maturada em Pripioca (raíz aromática da floresta Amazônica) e a cerveja I.P.A maturada em semente de Cumaru (também proveniente da floresta). Cada garrafa custa entre R$ 9 e R$ 16. “Optamos pela garrafa, pois nada supera o vidro na manutenção da qualidade da bebida”, explica Guimarães.

Além do aumento no número dos sabores, o empreendedor quer elevar os números da Amazon Beer. Neste ano, a empresa deverá encerrar com faturamento de R$ 12,5 milhões e para o ano que vem, a meta é atingir R$ 17 milhões. “Desde 2000, crescemos a uma taxa anual de 20%. Com os investimentos previstos, chegaremos a uma taxa de 35%.

No início de novembro começaremos a exportação para a Europa. Em dezembro, para o mercado chinês e, em março de 2013, para os Estados Unidos”, completa.


Veículo: Brasil Econômico


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