Vale Verde investe em novos rótulos

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Licor de café chega às delicatéssens e supermercados em dezembro; empresa fez aporte de R$ 500 mil.




O conjunto de características, como pioneirismo, inovação e vontade de diversificar ainda mais o mix de produtos, motivou o empresário Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, detentor da marca de cachaça Vale Verde, a inserir dois novos rótulos de bebidas no mercado. Uma delas é um licor de café, que em agosto começou a ganhar as prateleiras de algumas lojas do Mercado Central e da Feira dos produtores e agora estará disponível em delicatéssens e supermercados. Outra é o canavino, cujo gosto se assemelha ao do vinho branco e deve chegar às lojas entre o final de dezembro e o início de janeiro.

"Minas Gerais é o maior produtor de café do país. Mas, até então, não era produzido aqui um licor de qualidade, certificado, feito a partir do grão. Então, por meio de uma pesquisa, identificamos o nicho de mercado", explica a gerente de marketing do Grupo Vale Verde, Jacqueline Pereira. Estima-se que o investimento inicial no novo rótulo, intitulado 1727, ano em que o café finalmente desembarcou no Brasil, tenha sido de R$ 500 mil.

O montante se distribuiu entre a aquisição de um maquinário específico, o processo de produção considerado inovador e um tipo diferenciado de café, que é utilizado como matéria-prima. A receita do 1727 demanda um café Premium arábica, do tipo exportação, originado do cerrado mineiro. Ele passa por um processo de extração do sabor e do aroma por meio do gás carbônico, denominado extração crítica por arraste.

Embora o produto seja recente no mercado, ele já mostrou que veio para ficar. Isso porque, as 6 mil garrafas do primeiro lote, que deveriam durar cerca de três meses, se esgotaram em meados de setembro, ou seja, com apenas um mês e meio após o lançamento. Assim, uma nova leva, com 10 mil garrafas, deve chegar às lojas em dezembro. Ao contrário dos produtos de estreia, distribuídos para algumas lojas do Mercado Central e Feira dos Produtores, esta leva vai ser encontrada nos principais supermercados e delicatéssens da capital mineira.

Além de Belo Horizonte, o licor de café também já chegou ao Mercado Municipal de São Paulo. A expectativa é que, até março do próximo ano, o produto seja distribuído em todo o território nacional. O preço da garrafa de 700 ml varia de R$ 75 a R$ 88, de acordo com o estabelecimento onde o licor é adquirido. A embalagem, de origem francesa, confere, segundo Jacqueline Pereira, um charme adicional à bebida.

Apesar de o sabor ter potencial para substituir o tradicional cafezinho de depois do almoço, a bebida deve ser consumida em doses moderadas, em decorrência do seu teor alcoólico, 25%. Embora a quantidade seja elevada, ela não é muito diferente das presentes nos demais tipos de licores do gênero, uma vez que o percentual de álcool em um licor costuma variar de 15% a 54%.

Canavino - Já o canavino, que chegará às lojas até o início do ano que vem, deve conquistar espaço entre os apreciadores de vinho, quem sabe conquistando até enólogos e somelieres. "O gosto é similar ao do vinho branco", resume Jacqueline Pereira.

A ideia de lançá-lo no mercado surgiu de forma curiosa. "Fabricamos a cachaça Vale Verde há quase 27 anos. Para fazer a cachaça, é necessário destilar a garapa, mas o caldo de cana fermentado ninguém tinha pensado em provar até então. Assim, começamos a pesquisa, investimos em maquinário e surgiu o canavino", simplifica a gerente de marketing, que ainda não revela quanto o novo produto demanda de investimento.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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