Fabricante de bebidas terminou o pregão de ontem da BM&FBovespa com valor de R$ 248,7 bilhões, enquanto a estatal valia R$ 247,2 bilhões
A combinação das ações em queda da Petrobrás com a valorização dos papéis da Ambev culminou ontem em uma mudança que poucos imaginariam há algum tempo: a estatal do petróleo perdeu o posto de maior empresa do Brasil, em valor de mercado, para a fabricante de bebidas.
No pregão de ontem da BM&FBovespa, as ações ON (ordinárias, com direito a voto) da Petrobrás fecharam em queda de 2,78%, enquanto as PN (preferenciais, sem direito a voto) caíram 2,67%. Na direção contrária, as ações ON da Ambev subiram 1,47%, enquanto as PN tiveram alta de 1,60%. Essa equação fez com que a Petrobrás terminasse o dia com valor de mercado de R$ 247,2 bilhões, enquanto a Ambev atingiu R$ 248,7 bilhões.
Este ano, a Ambev já havia superado a Vale, que rivalizava com a Petrobrás pelo posto de maior empresa nacional, mas que teve valor de mercado reduzido pelas turbulências do setor de mineração. Ontem, a mineradora fechou o pregão com valor de mercado de R$ 186 bilhões.
Os papéis da Petrobrás vêm sendo castigados pelos investidores na bolsa há tempos. Só este mês, as ações ON da companhia caíram 10,23%. No acumulado do ano, a queda é de 14,10%.
A empresa vive um período de incertezas, com muitas dúvidas dos investidores sobre sua capacidade financeira para tirar efetivamente do papel os projetos para exploração do petróleo na camada do pré-sal. O fato de os preços dos combustíveis estarem congelados há bastante tempo - uma interferência do governo, por conta do risco de reflexo na inflação - também pesa contra os papéis da estatal.
A Ambev, que tem entre seus controladores os empresários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, por sua vez, vive um bom momento financeiro. No terceiro trimestre, seu lucro líquido cresceu 49%, chegando a R$ 2,5 bilhões .
Veículo: O Estado de S.Paulo