Petrópolis parte para briga com PepsiCo e Coca-Cola

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Dona das cervejas Itaipava e Crystal lança isotônico e almeja 10% das vendas no Brasil



Nos últimos dias, a rotina de trabalho de Douglas Costa, diretor de mercado do grupo Petrópolis, tem sido mais puxada do que o habitual. A correria se deve pela divulgação do novo produto do portfólio da companhia no mercado de bebidas não-alcoólicas: o isotônico Ironage.

Resultado de seis meses de pesquisas e investimento em desenvolvimento e divulgação iniciais, que deverão somar R$ 7 milhões nesta primeira etapa, a companhia tem um plano ousado de alcançar 10% desse mercado no Brasil, hoje dominado pelas marcas Gatorade, produzida pela Pepsico, e Powerade, da Coca-Cola. “Este é um mercado com ótimas possibilidades e por isso nosso foco é consolidar a marca para depois crescermos”, explica Costa. 

Como parte da consolidação, a partir de dezembro a linha de isotônicos estará disponível em pontos de vendas menores em São Paulo e Rio de Janeiro, mas deve ganhar as principais redes de varejo em 2013. “Queremos ampliar a entrada desses produtos nos demais mercados onde já atuamos e brigar por espaço nas prateleiras”, incluindo Paraná, Goiás e Bahia, estados em que a empresa está expandindo.

Na Bahia, a Petrópolis anunciou recentemente investimentos de R$ 1,2 bilhão na construção de duas plantas para a produção das cervejas Itaipava, Crystal e sua outra marca regional, chamada Lokal. “Já temos 65 distribuidores lá e a ideia é que em breve eles distribuam os isotônicos também”, diz.

Nos primeiros meses, a produção mensal do Ironage em quatro sabores, ficará entre 20 mil e 30 mil caixas, cerca de 50 mil litros. Quando a meta de participação no mercado estiver concluída, Costa estima que a produção mensal será de aproximadamente 200 mil litros, algo em torno 2,4 milhões de litros por ano. “Esperamos o mesmo sucesso que temos obtido com as vendas do TNT Energy Drink”, diz Costa.

Internacionalização

O TNT, energético da empresa, que está no mercado desde 2009 se prepara para ganhar o mercado internacional. Costa explica que o grupo já registrou amarca em vários países da Europa e até na China, e deverá iniciar as primeiras exportações em 2013, ao mercado russo.

No ano que vem, a companhia espera que a marca TNT responda por6% do faturamento total da companhia, que no ano passado ficou emR$ 3,9 bilhões e neste ano deve chegar a R$ 5,1 bilhões. “Em três anos, esperamos que esse percentual chegue a 10% e o faturamento a R$ 6 bilhões”, diz Costa.

Atualmente, a produção de energético é de 120 mil caixas mensais, ou cerca de 780 mil litros mensais. “A expectativa é alcançar 200 mil caixas por mês em três anos”, calcula.

A companhia também estuda os próximos passos para ampliar sua atuação no mercado doméstico, com ampla entrada do portifólio. Para isso, avalia a possibilidade de investir em águas, sucos e refrigerantes e disputar ainda mais mercado não só com Ambev, mas também com PepsiCo e Coca-Cola. “Mas ainda estamos estudando”, diz Costa. Segundo ele, “o plano do grupo é cobrir 100% do país até 2020 e saltar de 140 para 300 distribuidores.


Veículo: Brasil Econômico


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