A busca pelo status de Indicação Geográfica (IG) para vinhos finos e espumantes Vinhos da Campanha do Rio Grande do Sul foi deflagrada pela cadeia produtiva da região e tem o apoio do governo federal. A previsão de duração do projeto é de três anos e para a execução dos trabalhos serão destinados R$ 2,17 milhões, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDC).
A conquista do selo agrega valor ao segmento de vinhos e espumantes da região, tornando o produto competitivo no mercado pelo reconhecimento diferenciado, além de garantir a sua procedência. "O IG muda a visão do produto, agrega valor, protege o produtor da concorrência desleal e abre portas para sua inserção no mercado externo", destacou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério, Caio Rocha.
O objetivo de uma IG é justamente chegar ao produtor para que os alimentos ganhem em qualidade e a sua procedência seja de fato reconhecida. O papel do Ministério da Agricultura é o de fomentar, por meio de orientações técnicas, como se obtém o registro da indicação.
O Ministério também pode aportar recursos quando for demandado, não é o caso deste trabalho específico.
Existem duas espécies ou modalidades de Indicação Geográfica: "Indicação de Procedência (IP)" e "Denominação de Origem (DO)". No Brasil, 14 produtos agropecuários têm registro de IG como "Indicação de Procedência" e quatro como "Denominação de Origem".
Entre eles, estão os vinhos da IP Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; o café produzido na região do Cerrado Mineiro; e a cachaça de Paraty, além da recente conquista do selo pelos produtores de cachaça da região de Salinas, em Minas Gerais.
Veículo: DCI