A estimativa de vendas durante a Copa de 2014 não empolga a torcida na indústria de cerveja.
O Mundial deverá representar apenas um mês extra de verão, segundo a CervBrasil, associação que reúne os quatro maiores fabricantes (Ambev, Brasil Kirin, Heineken e Petrópolis)."Há muitas variáveis que influenciam o consumo como se o Brasil ganhará, ou não, se estará calor durante a Copa...", diz o presidente Paulo de Tarso Petroni.
A associação e fabricantes ouvidos não revelam os números projetados para 2014. Três meses de verão, porém, representam 40% da produção anual de cerveja.Em 2012, foram fabricados 13,7 bilhões de litros. Os 40%, então, representaram 5,48 bilhões (ou 1,83 bilhão para cada mês do verão, em média).
As expectativas dos fabricantes não seguem um padrão uniforme, segundo o executivo. Elas variam de acordo com a presença regional de cada marca."Depende do posicionamento da empresa no país. O Nordeste, por exemplo, está crescendo muito mais."
Se em 2014 a Copa deverá reforçar um pouco as vendas, neste ano o consumo caiu.De janeiro a novembro, a produção recuou 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
"O setor estava crescendo a uma média de 6% ao ano e planejava ir nessa mesma direção [em 2013]. Com a inflexão, alguns investimentos foram revistos, mas a indústria mantém sua visão de longo prazo", afirma Petroni.O prolongamento da temperatura mais fria em importantes regiões consumidoras, como o Sudeste, e a queda na disponibilidade de renda são razões para a baixa, de acordo com o executivo.
Veículo: Folha de S. Paulo