AB-InBev perto da meta de venda de ativos

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A Anheuser-Busch InBev está bem perto de atingir os US$ 7 bilhões com a venda de ativos, depois que conseguiu se desfazer de seus parques temáticos nos Estados Unidos.

 

O plano para levantar recursos continua em curso, pois a companhia precisa pagar US$ 45 bilhões em empréstimos que bancaram a aquisição de US$ 52 bilhões da americana Anheuser-Busch em novembro do ano passado. "É fácil desinvestir se você vende as coisas por nada ou quase nada, mas eles estão tendo sucesso e conseguindo preços decentes", afirma Wim Hoste, analista da corretora KBC Securities.

 

A fabricante das cervejas Budweiser, Stella Artois e Beck´s precisa de só mais uma venda para atingir sua meta. O alvo mais provável agora está entre as 11 cervejarias que a companhia tem em países do centro e leste da Europa. Segundo fontes, a empresa de private equity CVC Capital Partners teria apresentado até agora a única proposta, de cerca de US$ 2 bilhões. A venda dos parques para a Blackstone , anunciada na quarta-feira por US$ 2,7 bilhões, reforça a visão de que a AB-InBev não precisa vender seus ativos a preço de banana e de que não tem pressa para fechar negócios.

 

Com as vendas que fez até agora, mais os cerca de US$ 3,8 bilhões em caixa gerados no primeiro semestre e a emissão de direitos de subscrição de US$ 9,8 bilhões do ano passado, a AB-InBev levantou cerca de US$ 20 bilhões em 12 meses, além de contribuir para o pagamento de US$ 13 bilhões em dívidas a vencer.

 

Isso levou sua relação de endividamento líquido sobre os lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (lajida) para um nível confortavelmente abaixo dos limites das cláusulas de seus empréstimos. "É impressionante o que foi feito em um ano", diz Trevor Stirling, analista da Bernstein Research.

 

"Mas a empresa não pode se envolver agora em um novo negócio. Novas aquisições só poderão ocorrer depois de 2012", diz Gerard Rijk, analista do ING.

 

Mas para toda regra há uma exceção. Pequenas aquisições poderiam aumentar o endividamento, mas por outro lado reforçariam o lajida, mantendo sob controle a relação com a dívida. Um alvo claro seria o Grupo Modelo do México, fabricante da cerveja Corona, do qual a AB-InBev tem 50% das ações. A AB-InBev também poderia tentar reforçar seus ativos na Europa. Um alvo aí seria o Grupo Mahou San Miguel, da Espanha.
 


Veículo: Valor Econômico


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