A executiva-chefe da PepsiCo, Indra Nooyi, prevê que "a era da parcimônia" atualmente vista "entre consumidores e na Europa Ocidental" continuará no próximo ano, mesmo com a crise nesses mercados sendo parcialmente compensado pela demanda dos países emergentes.
"Os consumidores no mundo desenvolvido estão se ajustando a mudanças no cenário macroeconômico, colocando [a questão do] valor como prioridade em suas agendas", afirmou.
A executiva disse que os esforços de pesquisa e desenvolvimento da empresa incluem fabricar produtos com preços mais baixos, combinados com ações cada vez mais centradas em novos itens que atendam as crescentes preocupações com saúde e bem-estar. "Claramente, uma parte dos esforços precisa ser o lançamento de opções de preços mais baixos", disse.
Nooyi afirmou que, em 2010, a PepsiCo reinvestirá receitas em inovação, expansão de mercado, aquisições pontuais e contratação e treinamento de talentos gerenciais. "Estamos começando a ver que podemos investir de forma mais eficiente em termos de custos agora do que talvez poderíamos daqui a dois ou três anos."
O diretor de finanças da PepsiCo, Richard Goodman, disse que a empresa fará "investimentos estratégicos gerais adicionais" em suas operações, caso seu desempenho seja melhor do que o previsto.
A PepsiCo anunciou aumento no lucro líquido do terceiro trimestre para US$ 1,72 bilhão, ou US$ 1,09 por ação, em comparação ao US$ 1,58 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. A receita, no entanto, caiu 1,5%, para US$ 11,8 bilhões.
As vendas de salgadinhos e produtos similares da empresa, em volume, subiram 2% tanto nas Américas como internacionalmente. O segmento de bebidas teve aumento de 0,5% nas vendas em volume, sendo que o aumento internacional de 9% compensou a queda de 6% registrada nas Américas.
A empresa prevê crescimento de 11% a 13% no lucro por ação em 2010, levando em conta um câmbio constante. Para este ano, a previsão da companhia é de aumento em torno de 8%.
A projeção inclui um ganho "modesto" decorrente do plano de aquisição, por US$ 7,8 bilhões, de suas duas maiores engarrafadoras.
Veículo: Valor Econômico