Demanda e preços diferenciados no país

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A avaliação do mercado suíno brasileiro mostra uma situação de demanda e preço bem diferenciada entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Felipe Netto, enquanto no Sul os preços não conseguem força para reagir, em decorrência de uma oferta mais expressiva, em parte do Sudeste e do Centro-Oeste a menor disponibilidade de oferta, combinada a um consumo firme, tem contribuído para uma gradativa recuperação dos preços.

"Acredito que até o início do segundo semestre o cenário para a carne suína não deve melhorar muito, até porque o mercado no Sul do Brasil está andando meio de lado com a dificuldade em exportar", avalia.

Para Felipe Netto, a mudança mais esperada e que pode influenciar o mercado suíno diz respeito ao milho, que tende a cair a partir do mês que vem em diante, com o início da colheita da safrinha. "Tal fato pode influenciar em uma queda no custo de produção da carne suína", ressalta.

No cenário exportador, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou que o comércio de carne suína brasileira para o país seria resolvido em breve, o que ocorreu nesta semana.


Retomada - Enquanto as vendas para a Argentina não são retomadas, o setor permanece influenciado pela relação oferta e demanda interna. A análise de preços de Safras & Mercado indicou alterações de preço na semana passada frente à anterior. Em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 45,50, ante R$ 44,50 no período imediatamente anterior. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi negociado a R$ 1,90 na integração, mesmo valor da semana passada.

No interior a cotação baixou de R$ 1,95 para R$ 1,93. Em Santa Catarina o quilo vivo foi vendido a R$ 1,90 na integração, sem alterações ante à última semana. No interior o preço continuou em R$ 1,98. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 2,07 no oeste do Estado, ante R$ 2,05 na penúltima semana. Já na integração o quilo foi mantido a R$ 1,90.

Em Mato Grosso do Sul, o quilo vivo passou de R$ 1,90 para R$ 2,00. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,50. Em Minas Gerais o quilo vivo foi vendido a R$ 2,50, contra R$ 2,60 da semana anterior. Em Mato Grosso o quilo vivo subiu de R$ 1,60 para R$ 1,65.

No Espírito Santo a cotação foi mantida em R$ 2,45. Em Pernambuco o quilo vivo suíno seguiu em R$ 2,85, enquanto no Ceará o quilo continuou em R$ 3,10. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve alta de 0,48% frente à semana anterior, passando de R$ 2,05 para R$ 2,06.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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