Consumo maior nesta época do ano.
A valorização nos preços pagos pelo quilo do suíno vivo na semana passada apenas confirmou a tendência registrada ao longo do mês de setembro: de reequilíbrio frente aos custos e de recuperação da rentabilidade. De acordo com a analista de Safras & Mercado, Andreia Mariani, o mercado operou durante o mês com uma disponibilidade interna mais ajustada frente à oferta, por conta também do bom desempenho das exportações, que seguem mostrando evolução.
"Temos visto um excelente desempenho das exportações nos últimos meses. Os embarques de agosto surpreenderam, com um total de 53,3 mil toneladas. Em setembro, o acumulado até a terceira semana, atingiu 40 mil toneladas, com uma receita parcial de US$ 106,3 milhões", comenta.
Para Mariani, a taxa de câmbio acima de R$ 2,00 por dólar tem sido fundamental para manter o bom volume exportado, estando em um patamar muito mais favorável ao exportador brasileiro em relação ao mesmo período de 2011.
A analista destaca que o mercado aguarda agora por um maior ritmo de negociações a partir de outubro, que usualmente apresenta um cenário mais aquecido. "Até o término de setembro os preços internos seguiram estabilizados. Porém, frente a uma oferta interna de carne suína menor em virtude das exportações firmes, é possível que novas reações nos preços sejam observadas nesta semana. Além disso, a virada de mês também é favorável a uma possível reação dos preços, devido à capitalização da população", explica.
Valorização - Para o decorrer do último trimestre de 2012, Andreia projeta preços mais valorizados, visto que a demanda pela carne suína é maior neste período. "Também por conta dos maiores custos de produção, os preços da carne suína tendem a evoluir no decorrer de outubro, novembro e dezembro", aposta.
A análise de preços de Safras & Mercado indicou que, em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 58,00, contra os R$ 56,00 pagos no fim de agosto. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi negociado a R$ 2,30 na integração, mesmo valor praticado no final do mês passado. No interior a cotação passou de R$ 2,35 para R$ 2,60. Em Santa Catarina o quilo vivo foi mantido a R$ 2,40 na integração, mas evolui dez centavos no interior, chegando a R$ 2,60. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 2,60 no oeste do Estado, alta de dez centavos frente ao final de agosto. Já na integração o quilo foi elevado de R$ 2,20 para R$ 2,30.
Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo recuou de R$ 2,10 para R$ 2,00 na integração. Em Goiás o quilo passou de R$ 3,20 para R$ 3,10. Em Minas Gerais o quilo vivo passou de R$ 3,30 para R$ 3,10 no interior. Em Mato Grosso o quilo vivo subiu de R$ 2,35 para R$ 2,40 na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve alta de 1,04% desde o final de agosto, passando de R$ 2,57 para R$ 2,60.
Veículo: Diário do Comércio - MG