O mercado físico do boi gordo segue em um cenário muito promissor. A expectativa para a primeira quinzena de novembro é foi das mais favoráveis. Conforme o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, é aguardada considerável valorização dos preços praticados durante o período em questão.
Vale ressaltar que os frigoríficos de menor porte permanecem em dificuldades para compor suas escalas de abate, portanto se veem obrigados a elevar o preço de compra de forma sucessiva. Os frigoríficos de maior porte dispõem de condições mais apuradas para concretizar a evolução das escalas de abate, confinamento próprio e contratos a termo são os expedientes mais comuns.
No que tange à demanda, o cenário segue muito promissor. O último bimestre é marcado pelo auge de consumo em todo o ano, é o período em que a indústria alimentícia está mais ativa, a fim de atender essa demanda por conta das festividades de fim de ano.
Com o mercado aquecido, a perspectiva é de valorização do boi gordo e também da carne bovina durante os meses de novembro e dezembro. A oferta de boi gordo tende a ser restrita durante o período em questão.
"A oferta de confinados está próxima do seu declínio e, por conta da estiagem, durante o terceiro trimestre do ano haverá menor disponibilidade de boi gordo de pastagem no mercado", afirma o analista, acrescentando que essa combinação de oferta restrita e demanda aquecida deve fazer com que os preços disparem.
A média semanal de preços (5 a 8/11) em São Paulo foi de R$ 99,00 a arroba livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, preço a R$ 97,00. Em Minas Gerais, a arroba foi cotada a R$ 97,66, livre, a prazo. Em Goiás, a arroba ficou em R$ 98,33, livre, a prazo. Em Mato Grosso, preço a R$ 91,66. A média nos preços do atacado estiveram em R$ 8,47 no traseiro e em R$ 5,20 no dianteiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG