O otimismo na demanda por pescados e frutos do mar no feriado religioso da Semana Santa está em diversos estados. A estratégia de muitos deles é baixar o preço para garantir a procura em tempos de redução no poder de compra das famílias.
No Nordeste, "a demanda nesta época do ano cresce cerca de 30%, provocando o encarecimento dos produtos", explica o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior. Vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), com o apoio da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura na Bahia, a organização promove o evento 'Santo Pescado', no qual colônias, associações e cooperativas de pescadores vendem peixes e mariscos com descontos de até 60%.
Assim, "os pescadores e piscicultores, podem escoar seus produtos com o apoio logístico da Bahia Pesca e sem intermediários, e os consumidores poderão encontrar peixes mais baratos", afirma Oliveira.
A Prefeitura de Ponta Grossa, no Paraná, informa, em nota, que a 12ª Feira do Peixe Vivo também traz o produto a valores mais acessíveis. Para o secretário municipal de Agricultura, Gustavo Ribas Neto, esta é uma forma de dar espaço ao produtor rural da região.
Os piscicultores e pescadores artesanais do Rio Grande do Sul esperam que as vendas deste ano ultrapassem a marca de 3,2 mil toneladas na Semana Santa, registrada em 2015. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), o estado tem 6.139 locais de comercialização de peixes no período.
O Mercado do Peixe de Brasília, que funciona nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), espera 30% de aumento nas vendas. Em nota, a Haja Peixe, associação que administra o mercado, diz que a tilápia deve liderar o ranking dos consumidores e um dos fatores é "ser um produto considerado barato", informa o presidente Francisco Baia.
Veículo: Jornal DCI